sexta-feira, julho 02, 2004

Adeus Sophia!!!

Afinal ainda tive voltar... isto hoje não está nada bom...

Adeus Sophia, obrigado pelos sonhos...






Para atravessar contigo o deserto do mundo


Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento





Passam os carros

Passam os carros e fazem tremer a casa
A casa enl que estou só.
As coisas há nluito já forarn vividas:
Há no ar espaços extintos
A forma gravada em vazio
Das vozes e dos gestos que outrora aqui estavam.
E as minhas mãos não podem prender nada.

Porém eu olho para a noite
E preciso de cada folha.

Rola, gira no ar a tua vida,
Longe de mim...
Mesmo para sofrer este tormento de não ser
Preciso de estar só.

Antes a solidão de eternas partidas
De planos e perguntas,
De combates com o inextinguível
Peso de mortes e lamentações
Antes a solidão porque é completa.

Creio na nudez da minha vida
Tudo quanto nele acontece é dispensável.
Só tenho o sentimento suspenso de tudo
Com a eternidade a boiar sobre as montanhas.

Jardim, jardim perdido
Os nossos membros cercando a tua ausência...
As folhas dizem uma à outra o teu segredo,
E o meu amor é oculto como o medo.


Sophia de Mello Breyner


Recomendo a seguinte visita: SOPHIA DE MELLO BREYNER


Para arquivo na nossa Torre do Tombo fica também o artigo publicado na edição on-line do Público

Aos 84 anos
Morreu Sophia de Mello Breyner

A escritora e poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen morreu hoje em Lisboa, aos 84 anos. Autora de uma vasta e heterogénea obra, foi distinguida com inúmeros prémios nacionais e internacionais.

Sophia de Mello Breyner, um dos maiores e mais premiados vultos da literatura portuguesa, encontrava-se internada há cerca de 15 dias no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.

Natural do Porto, onde nasceu a 6 de Novembro de 1919, deixa editados 17 livros de poesia, nove antologias, 13 livros de prosa entre contos e histórias para a infância, seis ensaios e uma peça de teatro.

O seu primeiro livro, intitulado "Poesia", foi publicado em 1944, numa edição de autor paga pelo pai, com uma tiragem de apenas 300 examplares. Quase meio século depois, em 1990, reúne em três volumes toda a sua obra poética, numa edição da Editorial Caminho. Pelo caminho ficaram obras como "Dia do Mar" (1947), "O Nome das Coisas", que lhe valeu em 1977 o Prémio Teixeira de Pascoaes, e "Ilhas", que lhe valeu o Grande Prémio de Poesia Inasset/Inapa.

"O Rapaz de Bronze" (1956), "A Menina do Mar", a "A Fada Oriana" (1958 ), "O Cavaleiro da Dinamarca" (1964) ou a "Floresta" (1968) são apenas alguns dos mais conhecidos livros de ficção infantil que escreveu e que lhe valeriam, em 1992, o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças. Sete anos seria galardoada com o Prémio Camões, a mais alta distinção da cultural da lusofonia. Na cerimónia de entrega, o Presidente da República, Jorge Sampaio, salientou a "beleza tão alta e exacta" da sua obra.

Sophia de Mello Breyner foi distinguida com 13 galardões, o primeiro dos quais em 1964, o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores, pelo seu livro "Canto Sexto".

Em 1984, a Associação Internacional de Críticos Literários entregou-lhe o Prémio da Crítica pela totalidade da sua obra.

Em Outubro 2003 foi distinguida com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, tornando-se na segunda autora de língua portuguesa a receber o galardão, depois João Cabral de Melo Neto. A sua saúde débil impediu-a de receber em mãos a distinção, tendo-se feito representar pelo filho Miguel Sousa Tavares.

A última distinção atribuída à escritora foi a Medalha de Honra do Presidente do Chile, por ocasião do centenário do poeta Pablo Neruda, que se comemora no próximo dia 12 de Julho e que pretende este ano homenagear cem personalidades mundiais, entre as quais também o escritor José Saramago.

A 9 de Abril de 1981, foi condecorada com o grau de Grã Oficial da Ordem de Santiago e Espada, a 13 de Fevereiro de 1987 recebeu a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a 27 de Outubro de 1998 a Grã Cruz da Ordem de Santiago e Espada.

Eleita deputada à Assembleia Constituinte em 1975 pelo Partido Socialista, a sua actividade político-partidária não foi longa, mas ao longo da sua vida sempre foi uma lutadora empenhada pelas causas da liberdade e justiça. Antes do 25 de Abril, pertenceu mesmo à Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. O Movimento Democrático das Mulheres entregou-lhe, em 2000, a Distinção de Honra.

Casada com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, a poetisa foi mãe de cinco filhos, o primeiro público das suas histórias infantis.

Quando recebeu o Prémio Camões, revelou que foi numa viagem de autocarro que intuiu a natureza do mistério da poesia, ao reparar que a janela através da qual olhava coincidia por vezes com as janelas das casas. "Pensei que talvez fosse isso: as palavras às vezes coincidiam com os seus significados, e depois deixam de coincidir, e voltam a coincidir outra vez", disse.

Bom fim-de-semana

Com esta me vou... hoje exagerei... eu sei...

Metablog



Um blogue diferente... Metablog...

1000 Imagens



Um site com muita qualidade.

Trata-se de um interessante sítio desenvolvido por Rui Vale de Sousa, 29 anos, técnico de informática no Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho, e mais dois amigos, um de Amarante e outro de Lisboa, em 2002. O sítio tem 50 mil visitas por mês... extraído do blog Indústrias Culturais

Só mais uma...

Central de Informações



Qual o sentido actual de uma empresa de comunicação? Quais as fronteiras éticas entre o mundo empresarial e os media? Até onde deve ir a comunicação institucional? Quais os seus limites? Foi deste ponto que partiu a Central de Informação. O resultado é a fusão de áreas e a criação de um novo conceito de comunicação.

Estas são as questões que a Central de Informações pretende tratar... parece interessante... estão no seu início... acho que devemos ajudar...

Têm a "Sala dos Jornalistas" - exclusivamente para profissionais - mas que dá para se fazer o registo, como contrapartida dão acesso a "uma ferramenta de trabalho e simultaneamente como um espaço de informação e reflexão sobre os media em Portugal. Aqui poderá encontrar notícias sobre o sector, livros em destaque, a opinião generalizada de outros jornalistas sobre assuntos da actualidade e toda a informação pormenorizada (textos e imagens em alta resolução) sobre os clientes da Central de Informação..."

CUIDADO: Encontreio um texto do Manuel Serrão... de resto parece interessante... por agora....

Ainda a Capital

Esta é a sua verdadeira história... afinal tudo começou muito antes de 1968...


Fundada em 21 de Fevereiro de 1968, A CAPITAL entrou em Setembro de 2001 para o universo do grupo Editorial Prensa Ibérica, detentor nesta altura de 17 diários de imprensa regional e local na Península, entre os quais "O Comércio do Porto", "Faro de Vigo", "La Nueva España" (Astúrias), "Levante" (Valência), "Información" (Alicante), "La Província" (Canárias) e "Super Deporte".

O título A CAPITAL cedo apareceu em publicações periódicas, como seria natural num país em que grande parte dos acontecimentos relevantes tem lugar em Lisboa. Assim, muito antes do jornal diário outros órgãos decidiram adoptar o sugestivo nome.

Nos primeiros anos do século XX, as ideias republicanas propagavam-se em Portugal com alguma intensidade. Uma série de acontecimentos - o ultimatum inglês, as dívidas da Casa Real, a impopular ditadura de João Franco - pouco abonatórios para quem governava o país tinha gerado um grande descontentamento e consequente desejo de mudança do regime. Emergia assim uma imprensa republicana e, nesse contexto, A CAPITAL.

O surgimento deste título, em 1 de Julho de 1910, ou seja, três meses antes da implantação da República, trouxe uma novidade: quem o dirigia (e era seu proprietário) não era exactamente uma figura política de projecção, como acontecia com os directores de outras publicações. Manuel Guimarães foi, antes e acima de tudo, jornalista. Quer isto dizer que, sem abdicar das suas ideias republicanas e democráticas, tinha o culto da notícia, da verdade, do facto, doesse a quem doesse.

Passou por A CAPITAL dessa época uma plêiade de grandes jornalistas, como Hermano Neves, que aqui se destaca por ser o pai de outro jornalista que, em 1968, estaria no lançamento da II Série do jornal. Em 1926, com o advento do Estado Novo, as oscilações na redacção dessa primitiva A CAPITAL já eram nítidas, adoptando o diário o seguinte subtítulo: "Jornal da Política da Esquerda Democrática". No final de Agosto desse ano A CAPITAL a publicação era suspensa.

Em 1921, surgiu o "Diário de Lisboa", vespertino que viria a ganhar grande prestígio, sobretudo pela exemplar forma literária usada em todo o jornal, do editorial à mais simples notícia. Foi seu fundador e primeiro director Joaquim Manso. A partir de certa altura, um transmontano de rija cepa, formado em Direito e que dera nas vistas como repórter (antes de ser crítico e tradutor teatral, cronista brilhante e escritor), foi nomeado director-adjunto. Era Norberto Lopes que, com naturalidade, assumiu a direcção do jornal quando o padre Manso (tinha sido eclesiástico) faleceu, em Setembro de 1956.

Mário Neves, o filho de Hermano Neves, também formado em Direito, espírito brilhante e multifacetado (foi desde administrador do Instituto de Oncologia a impulsionador e dirigente da Feira Internacional de Lisboa e viria a ser, depois do 25 de Abril, o primeiro embaixador em Moscovo), foi chamado a director-adjunto.

Em 1967, o ambiente turvou-se no "Diário de Lisboa", na sequência de medidas administrativas que ultrapassaram os directores e os levaram a considerar que, não podendo orientar o jornal, o melhor era demitirem-se.

Não desistiram, porém, das suas carreiras nem dos leitores que fielmente os seguiam. Decidiram, por isso, lançar outro jornal. A empresa era, porém, arrojada. Por um lado, a imprensa independente, descomprometida com o poder e com os potentados económicos, não era bem vista: conseguir um alvará para um novo jornal dava fortes dores de cabeça. Por outro lado, o mercado parecia saturado: só em Lisboa, saíam diariamente, de manhã, o "Diário de Notícias", "O Século", "A Voz", o "Novidades", o "Diário da Manhã"; à tarde, publicavam-se o "Diário de Lisboa", "República" e o "Diário Popular". Caberia mais um vespertino?

Mário Neves ter-se-á valido, pela primeira e única vez, do parentesco com Marcello Caetano, para fazer vergar quem dentro do regime olhava com desconfiança o surgimento de (mais) um jornal diário, ainda por cima dirigido por duas personalidades que não quadravam propriamente com o regime. O certo é que o prestígio dos dois fundadores falou mais alto.

No dia 21 de Fevereiro de 1968 saía o primeiro número da actual série de A CAPITAL, mercê do carácter empreendedor de Norberto Lopes e Mário Neves, o qual permitiu um conjunto essencial de boas vontades: Américo Covões, em nome da família, cedeu o título; conseguiram-se instalações na Rua do Século, quase em frente das oficinas daquele matutino; a família Pereira da Rosa disponibilizou uma impressora rotativa e uns tantos linotypes e, mediante o pagamento dos respectivos serviços, o jornal passou a ser composto e impresso no prédio fronteiro àquele em que era redigido. Um tubo pneumático atravessava a rua, transportando o original da mesa do chefe de redacção para a composição a chumbo.

Entre os colaboradores estava a "nata" do país: alguns com nome já firmado, como José Régio, Fernando Namora, Francine Benoit, Calvet de Magalhães; outros, que tendo obra literária já no activo, aguardavam ainda a hora de glória, como José Saramago.

Em 1971, A CAPITAL, já dirigida por Manuel José Homem de Melo, contava com equipamento técnico próprio até à impressão, que continuava a ser feita nas oficinas de "O Século". Em 1974, ainda antes da nacionalização, os proprietários tinham investido numa impressora rotativa, o que, acrescido aos meios próprios de distribuição, tornava o jornal completamente auto-suficiente.

Por força das nacionalizações da banca e de outras actividades, como os cimentos, A CAPITAL passou a ter o Estado como único accionista. Nessa fase foi decidida a sua união com o "Diário de Notícias", surgindo assim a Empresa Pública Notícias-Capital (EPNC). A CAPITAL vivia então em casa alugada na Rua Joaquim António de Aguiar e mudou-se para um imóvel no Bairro Alto, na Travessa do Poço da Cidade, que era à data da nacionalização propriedade do "Diário de Notícias". O jornal passou assim a funcionar plenamente num mesmo local - redacção, administração, publicidade e oficinas.

Francisco Sousa Tavares, personalidade vivaz e irreverente, manteve-se no cabeçalho como director do Jornal de Fevereiro de 1976 até Junho de 1984, facto que imunizou o título das tentações de instrumentalização política que afectaram à época outros jornais. Só a chamada de Sousa Tavares para funções de ministro num Governo de Mário Soares levaria a que abandonasse o jornal.

O segundo Governo de Cavaco Silva decide entretanto reprivatizar os jornais que tinham ido parar à alçada do Estado. A CAPITAL foi o primeiro a ser vendido, em 1988, e assim o título e todo o património (nomeadamente as instalações do Bairro Alto) foram adquiridas pela Sojornal, empresa do grupo Impresa, cujo maior accionista e principal figura é o antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, que na altura declarou: "A CAPITAL é o único vespertino rentável e influente."

Em Julho de 1991, A CAPITAL muda-se para Cabo Ruivo, tornando-se inquilina do proprietário, passando a ser impressa na gráfica da Controljornal, subholding da Impresa, e distribuída na VASP, detida a 50% pela Sojornal. Ficaram para trás as instalações do Bairro Alto, que viriam a ser permutadas por um terreno camarário no prolongamento da Avenida dos Estados Unidos.

Após uma década de experiências, no final de 1999 conclui-se pela necessidade de alienar o jornal. Em Novembro de 1999, o director de então formula uma proposta que o levará a converter-se, no dia 1 de Janeiro de 2000, proprietário de A CAPITAL, situação transitória até à sua integração no universo da Editorial Prensa Ibérica, no âmbito do qual foi possível garantir a sobrevivência do mais antigo dos diários generalistas fundados no século XX.

Em Setembro de 2001, A CAPITAL passa a estar nas bancas de manhã, obedecendo à tendência que um pouco por toda a Europa foi obrigando os vespertinos a migrarem para matutinos ou a encerrarem, e em Março de 2002 é lançada a edição de domingo.

No dia 1 de Julho de 2004 estreou-se a edição electrónica.

A Capital está On Line



Não sei se já tinham reparado, mas uns dos jornais mais antigos de Portugal rendeu-se finalmente às maravilhas da Internet. Nascido em 1968 (por 53 dias perdeu um ano de uma óptima colheita) A Capital está desde ontem no ciberespaço.

Por aqui alguém se interessa por comunicação??




Está em português do outro lado do rio (desculpa amigo Luiz), mas não é em espanhol (desculpa amigo Hugo) e é muito interessante.

Bom fim-de-semana desportivo...

Elogio a Marlon Brando



Como o Homem não vive apenas de futebol... aqui vai um elogio a um grande actor... já que estamos em época de elogios... desconfiem sempre de elogios vindos de Espanha... já diz o povo (o tal que é giro, mas cheira mal): de Espanha nem bons ventos, nem bons... what ever...

Notícia de Público On Line

Morreu o actor Marlon Brando

O actor Marlon Brando morreu hoje, aos 80 anos, no Hospital de Los Angeles. Considerado por muitos como um dos melhores actores de sempre, Brando estava há muito afastado dos grandes ecrãs.

A informação da morte do actor foi avançada à Associated Press pelo seu advogado.

O protagonista de filmes como "O Padrinho" (1972, realizado por Francis Ford Coppola) nasceu no dia 3 de Abril de 1924 em Omaha, no estado norte-americano do Nebraska. Já antes, com "Há Lodo no Cais" (película de 1954 realizada por Elia Kazan), Brando transformou-se num ícone sexual dos anos 50, mantendo essa imagem durante bastante tempo, chegando mesmo a ser considerado pela revista britânica "Empire", em 1995, como uma das 100 figuras mais "sexy" de sempre da indústria cinematográfica.

Outro dos papéis inesquecíveis protagonizados por Brando é o do coronel Walter E. Kurtz em "Apocalypse Now" (1979), filme-choque sobre a guerra do Vietname com a assinatura de Francis Ford Coppola.

Apesar da sua imagem de "enfant terrible", a Academia de Hollywood chegou a conceder a Brando o Óscar de Melhor Actor pela sua interpretação em "O Padrinho", homenagem que Brando recusou, depois de, uns anos antes, ter recebido a mesma distinção por "Há Lodo no Cais". Brando foi outras seis vezes nomeado pela Academia pelas suas prestações como actor, principal ou secundário.

Avesso a aparecer em público, principalmente a partir do momento em que começou a engordar, "Bud", como era conhecido na família, tinha nove filhos, de uma série de casamentos.

Enquanto se manteve no activo, Brando teve uma carreira recheada de êxitos cinematográficos, tendo chamado a participar nos filmes de grandes nomes da realização.

"Um Eléctrico Chamado Desejo" e "O Último Tango em Paris" são duas das mais de 40 películas nas quais participou. Em 1997, a mesma revista "Empire" classificou-o em 13º lugar na lista das 100 estrelas de cinema de todos os tempos.

Uma das curiosidades sobre Brando incluídas no sítio de cinema The Internet Movie Database refere o facto de o actor, antes de o ser, ter trabalhado como operador de elevadores num armazém comercial durante quatro dias.

Morreu sem ter acabado o filme onde faria dele próprio. "Brando e Brando", dirigido por Ridha Behi, tinha estreia anunciada para o próximo ano.





quinta-feira, julho 01, 2004

Petição on-line >>ELEIÇÕES JÁ<<

Para quem entender que é necessário proceder a eleiões já... aqui está uma forma de se manifestar...

seeU

segunda-feira, junho 28, 2004

O que se está a passar??? Hem??

Não estou a entender... andam a falar exactamente de...??
O jogo com a Holanda não é apenas na quarta...??
A final no domingo...??

OK, entendi aquela da “democracia”... trata-se de uma homenagem aos gregos... boa!! E “república” aos Checos...

Foi uma boa ideia da Carla... mas, Francisco... o Presidente da República... porque é que rezas? OK, OK... tecla três… já entendi.... é por ele ser do Sporting e tu queres que ele fale com o Scolari para dar mais oportunidades ao Beto e ao Rui Jorge, depois do Ricardo ter resolvido aquela chatice com os ingleses...

Desculpem eu não ter entendido tudo de imediato, mas ando tão, mas tão fxxxxo com o nosso panorama político (muito mais do que habitualmente) que até me esqueci do futebol.

Há uns meses alguém dizia se o PSLopes algum dia chegasse a PM que abandonava o país... bem... na volta o dia está mesmo a chegar...

E tudo a ser resolvido na última semana do Europeu... quando o pessoal acordar...

Já agora vamos a umas apostas??

Vai haver eleições ou não?
... eu lamento, mas penso que o nosso sportinguista de Belém não os tem no mesmo sítio que o Ricardo...

Agora vou chorar e bater com a cabeça na parede.... e retirar a porra da bandeira da varanda... acabou-se...

Democracia?!?!

Pelos vistos é necessário (re)lembrar alguns conceitos...

República: (lat. res publica)
s. f.,
negócios públicos;
regime em que que se tem em vista o interesse geral de todos os cidadãos e em que o Chefe de Estado é eleito, exercendo um mandato temporário.

Democracia: (gr. demokratía)
s. f.,
sistema político fundamentado no princípio de que a autoridade emana do povo (conjunto de cidadãos) e é exercida por ele ao investir o poder soberano através de eleições periódicas livres, e no princípio da distribuição equitativa do poder;
país em que existe um governo democrático;
governo da maioria;
sociedade que garante a liberdade de associação e de expressão e na qual não existem distinções ou privilégios de classe hereditários ou arbitrários.

(Re)acção

Finalmente percebi os parênteses. Afinal, tudo não passou de uma jogada de antecipação. A utilização de publicidade exterior para a divulgação do fim do erre era o inicio da campanha (com erre) que se avizinhava.
Juntos e prontos para tomar de assalto o poder, eis que se preparam para efectuar a verdadeira revolução. Esta sim com erre e sem parênteses. Sim, que estes senhores não querem ser confundidos com aqueles que há 30anos conseguiram acabar com a ditadura neste país. Sim estes senhores não querem confusões. Se uns colocaram um fim à ditadura estes predispõem-se acabar com a Democracia..
Assumir o governo por sucessão?
Despedir todos os ministros?
Tomar conta do pais, sem suporte eleitoral?
Golpe de Estado?
Podemo-nos começar a preparar para os cartazes que ai vêm - "Comigo a mandar, vocês vão (re)parar... que o pais fica mais bonito".

F.Marinho

Oração dos aflitos - Presidente nosso que estás em Belém, rogai por nós, eleitores...agora e na hora desta desgraça...e não nos deixais cair no túnel..

quarta-feira, junho 23, 2004

Cuidado com os carteiristas

Segundo o PortugalDiário os carteiristas são cada vez mais profissionais: agora vestem-se e pintam-se de adeptos de futebol para depois se misturarem com as claques e roubarem os seus bens. No mesmo jornal é referido que os objectos são muito variados, “desde uma ambulância a cartões de crédito e passando pelos tão desejados bilhetes para os jogos do campeonato”.


Colegas, agora já sabem, nada de sair com os bilhetes para a rua e muito menos de ambulância.

Bjs,
CN

anniversariu

Um ano são trezentos e sessenta e cinco dias
Um ano são oito mil setecentas e sessenta horas
Um ano são trinta e um milhões quinhentos e trinta e seis mil segundos
Um ano é quatro mil duzentos e trinta e três visitas.

Tudo nasceu na cabeça de um habitante das Caldas (vocês sabem.. aquela terra que é composta por rotundas…) e rapidamente se espalhou pelo resto do "universo" académico.

Mais ou menos eruditos, os variados post's publicados, neste primeiro ano, vão desde a mensagem, versão "SMS", até ao texto poético passando por algumas pérolas da comunicação.

Pasquim de segredos e desabafos, tem servido para "matar" saudades e para expressar opiniões, tem o condão de manter vivos os elos de amizade, amadurecida ao longo destes quatro anos (snif..snif..).

Não é o Blog que faz anos. É este grupo que está de parabéns.

Parabéns aos escrevinhadores; parabéns aos mirones, parabéns a todos.

F.Marinho

terça-feira, junho 22, 2004

Parabéns

Já repararam que o nosso blogue fez esta semana um ano?!

Está na altura de se fazer um balanço...

Raduyev

Sofia... o Raduyev é o João.
Zuca... a padeira chama-se Nuno Gomes.

Bjs,
CN

sexta-feira, junho 18, 2004

Padeira...

Olá a todos!
Vinha por este meio solicitar a todos que saibam do paradeiro da nossa padeira, entrar em contacto com a federação Portuguesa de Futebol com muita urgência!
Ao que parece a última vez que foi vista, encontrava-se para os lados da Batalha a “despachar” umas dúzias de “hermanos”.
Dava mais jeito que umas psicólogas...
Um abraço a todos,
Força Portugal
Luís Zúquete

quinta-feira, junho 17, 2004

de regresso...

Tenho muitas saudades!!!!!

Bjs,
CN

terça-feira, junho 08, 2004

Histórias Ferroviárias XVI ( O regresso)

Não sei se já repararam que as cerejas começam a criar bolores ao fim de pouco tempo.
Sentado em frente de um casal labialmente colado, e sem ter para onde olhar, fechei as pálpebras começando a visualizar o percurso das línguas respectivas como se fossem providas da capacidade de visão.
Entre caries e depósitos de históricas refeições alojadas nas paredes esmaltadas, ambas se gladiam pelo supremo palato, produzindo um bailado "Dantesco" sobre palcos de chumbo e cenários húmidos.
Que visão aterradora. Com todos os pelos em pé, abri o olhos e corri para o exterior da composição.
Já em minha casa, os primeiros vinte minutos foram gastos a usar toda a panóplia de produtos e objectos de higiene oral disponível.
Agora estava pronto, agora estava em condições de a agarrar mal ela toca-se à campainha. Envolto neste pensamentos sou alertado pelo ribombar do carrilhão da minha porta. Corri como louco, ansioso pelo beijo.
Abri…, ….era a minha velha porteira…
Os seguintes quarenta minutos foram gastos a usar toda a panóplia de produtos , objectos de higiene oral e de desinfectante disponível.

Ao abrir a porta do frigorifico deparei com as cerejas de véspera em estado mutante.

F.Marinho

sábado, junho 05, 2004

PARABÉNS

Parabéns LUIZ.

UNI TOUR...

Carissimos,
Querem um momento único?
Vão à página da uni e vejam o autocarro amarelo!
Será que o reitor poderia patrocionar um jantar de turma, ou uma excursão, quem sabe,
naquele meio de transporte?
Bora tentar?
Bom fim de semana,
Beijos e abraços,
Luís Zúquete

segunda-feira, maio 24, 2004

FOTOGRAFIAS II

Vamos a isso que eu também tenho algumas para a troca.

Jokas e abraços, respectivamente.
F.Marinho

PS. Os nossos agradecimentos aos colegas da "Nova" (www.rotflol.blogspot.com) pela visita.
Um grande abraço para eles todos também.

Fotografias

Que tal organizar um almoço com a finalidade de finalmente todos trocarmos as fotos?
A ideia é simples cada um de nós levaria 2 ou 3 cds, ou um dvd-r (virgens...), da minha parte levaria o meu portátil, já com uma pasta criada com todas as fotografias que disponho e gravaria nos cds de todos os interessados.
Se os outros felizes detentores das muy ilustres fotos, também levassem as suas fotos. aí sim teriamos finalmente um album completo!
Estão de acordo?
Beijos e abraços,
Luís Zúquete

sexta-feira, maio 21, 2004

EURO-2004

Para quem gosta destas coisas!

http://www.vespaclubroma.it/lisbona.htm
Aquele abraço,
Luis Z.

quinta-feira, maio 20, 2004

Boas vindas à Olga

A Olga passou a fazer parte desta seita underground...


O pessoal podia começar a pensar em actualizar o seu perfil... para a coisa ficar mais composta... que tal?


Que acham aqui das novidades? Ficou bem o nosso blogue? Reconhecem os dois cromos lá bem em cima?


..:: carlos galveias ::..


PS: Depois da bênção das fitas impõe-se uma confraternização final... lá para meados de Junho... depois de todo o stress... mas antes das férias... que tal ler de vagar?

Mais umas almas roubadas... hokahey...

Aqui vão as primeiras... têm o patrocínio do Hugo







..::carlos galveias ::..

terça-feira, maio 18, 2004

A benção...

Com efeito foi um dia muito longo e produtivo!
Que melhor benção poderia haver que aquela? (nem sequer apanhei escaldão, nem fui apalpado, como alguns...)! Ganhei um baralho de cartas... participei numa animada tertúlia, fiz o jogo de snooker da minha vida, gastronomia internacional, assinei as minhas primeiras fitas da nossa turma e acima de tudo tive o prazer de estar acompanhado por mais que colegas de curso, amigos naquela que terá sido para mim a melhor tarde de aulas do nosso curso...
Gostei muito de estar com todos os presentes e claro também fizeram falta os ausentes!
E cheguei a uma conclusão: Preciso de aulas extra...!
Um abraço a todos!
PS- Tenho 147 Fotografias de sábado...! Negócios à vista????
Luís Z.

(A)mizade em (A)ristóteles

Por falar em Aristóteles... gosto muito deste texto... fala de amizade... segundo Aristóteles... Encontra-se neste site.


A Amizade em Aristóteles

Aristóteles - filósofo grego. Nasceu em 10 de Janeiro de 0384 a. C., Estagira. Faleceu em 31 de Dezembro de 0322 a. C. Um dos mais importantes pensadores de todos os tempos. Texto extraído da obra "Ética a Nicômaco", O Livro das Virtudes - William J. Bennett. 1995 Cia. das Letras, São Paulo.

Assim como os motivos da Amizade diferem em espécie, também diferem as respectivas formas de afeição e de amizade. Existem três espécies de Amizade, e igual número de motivação do afecto, pois na esfera de cada espécie deve haver "afeição mútua mutuamente reconhecida".

Aqueles que têm Amizade desejam o bem do amigo de acordo com o motivo da sua amizade; desse modo, aqueles cujo motivo é a utilidade não têm Amizade realmente um pelo outro, mas apenas na medida em que recebem um bem do outro.
Aqueles cujo motivo é o prazer estão em caso semelhante: isto é, têm Amizade por pessoas de fácil graciosidade, não em virtude de seu carácter, mas porque elas lhes são agradáveis. Assim, aqueles cujo motivo da Amizade é a utilidade amam seus amigos pelo que é bom para si mesmo; aqueles cujo motivo é o prazer o fazem pelo que é prazeroso a si mesmo; ou seja, não em função daquilo que a pessoa estimada é, mas na medida em que ela é útil ou agradável. Essas Amizades são portanto circunstanciais: pois que o objecto não é amado por ser a pessoa que é, mas pelo que fornece de vantagem ou prazer, conforme o caso.

Tais Amizades são de facto muito passíveis de dissolução se as partes não permanecem iguais: isto é, os outros cessam de ter Amizade por eles quando deixam de ser agradáveis ou úteis. Ora, a natureza da utilidade não é de permanência, mas de constante variação: assim, quando o motivo que os tornou amigos desaparece, a Amizade também se dissolve; pois que existia apenas em relação àquelas circunstâncias...

A perfeita Amizade é a que subsiste entre aqueles que são bons e cuja similaridade consiste na bondade; pois esses desejam o bem do outro de maneira semelhante: na medida em que são bons (e são bons em si mesmo); e são especialmente amigos aqueles que desejam o bem a seus amigos por si mesmo, porque assim se sentem em relação a eles, e não por uma mera questão de circunstâncias; assim, a Amizade entre esses homens permanece enquanto eles são bons; e a bondade traz em si um princípio de permanência...

São poucas as probabilidades de Amizade dessa espécie, porque os homens dessa espécie são raros. Além disso, pressupõem-se todas as qualificações exigidas, essas Amizades exigem ainda tempo e intimidade; pois, como diz o provérbio, os homens não podem se conhecer "até que tenham comido juntos a quantidade de sal necessária"; nem podem de fato admitir um ao outro em sua intimidade, muito menos serem amigos, até que cada um se mostre ao outro e dê provas de ser objecto apropriado para a Amizade.

Aqueles que iniciam apressadamente uma troca de gestos amigáveis querem ser amigos mas não o são, a menos que sejam também objectos apropriados para a Amizade e se reconheçam mutuamente como tal: ou seja, o desejo de Amizade pode surgir rapidamente, mas não a amizade propriamente dita.



Chegaram até aqui... eu e os textos longos. Mas o tempo é algo de muito insignificante quando se fala de amigos, de amizade.

O desafio agora é outro - citando outro "velho amigo", Elmer Letterman - "Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos"...

Da minha parte tenho a dizer que tem sido um prazer. Quanto a sentimentos, tive a sorte de alguém me ter escrito na minha fita: "As amizades não se escrevem... sentem-se!"

Que mais posso dizer?

Abraços & Beijos na testa...



..::carlos galveias::..

"Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma"
Fernando Pessoa





segunda-feira, maio 17, 2004

(B)*enção das fitas

No passado sábado ocorreu mais um encontro académico reunindo os média e o marketing (mais dos primeiros que dos segundos) no qual foi notada a ausência dos audiovisuais. (Só não estranhei porque já começa a ser habitual)
Enquanto a grande maioria dos "jovens" finalistas se reunia em rituais de misturas religiosas e pagãs, um outro, bastante mais pequeno e muito pouco católico, patrocinava o debate de ideias (sim, leram bem. A vida não é só medida em graus).
O começo deste périplo de crânios começou com um repasto bem português, desde as tão tradicionais sardinhas até à importada picanha, tudo regado com o também bem tradicional vinho alentejano, antecedido de cerveja e secundado com outra bebida própria da ocasião (O café - ó vocês pensavam outras coisas?).
Depois do revestimento interno partimos para o verdadeiro encontro académico e demos por nós sentados numa livraria .- Ler.devagar - em plena tertúlia.
(Isto sim, esta é a forma de comemorar uma licenciatura em ciências da comunicação).
Do "Escola de Frankfurt", passando por "Saramago", "Luis Sepulveda", " Elihu Katz e Daniel Dayan", política nacional e internacional, tudo serviu de acompanhamento ao excelente chá de jasmim.
A troca de ideias foi profícua e contribuiu para cimentar amizades, já Aristóteles, na sua Retórica, escrevera "Um discurso deverá ser julgado pelo seu efeito sobre alguém".
Mas como o corpo não se alimenta só da mente, lá seguimos para outro repasto, este agora já na companhia dos outros colegas (não de todos, infelizmente, mas….. cada um sabe de si).
No antes, no durante e no depois, também ocorreram outras aventuras, mas essas eu não publico. Essas ficam nos segredos dos presentes.
Uma promessa voltou a ser reafirmada, a de um encontro aos vinte e nove de janeiro de todos os anos e nos "entretantos" uma maior presença neste espaço (tu sabes que é contigo que estou a falar).
A segunda já estou a cumprir, quanto à primeira, lá estarei.

F.Marinho

*Não sei o porquê do parêntesis mas ouvi dizer que é moda.

quarta-feira, maio 12, 2004

(R)Evolução ?!

Opiniões sobre esta alteração??

Linda... Florbela

Bem... eu por vezes tenho destas coisas... hoje foi um dia especial... que tal celebrar com Florbela Espanca?? Parece bem??

E de quem é que os restantes amigos gostam???



Saudades e Amarguras

Saudades e amarguras
Tenho eu todos os dias,
Não podem pois adejar
Em meus versos, alegrias.

Saudades e amarguras
Tenho eu todas as horas,
Quem noites só conheceu,
Não pode cantar auroras.





... este é um dos meus favoritos dela...




FLORBELA ESPANCA

Poetisa: 1894 – 1930

por Rolando Galvão



EU QUERO AMAR, AMAR PERDIDAMENTE!
QUANDO TUDO ACONTECEU...


1894: A 8 de Dezembro, nasce Florbela Espanca em Vila Viçosa. - 1915: Casa com Alberto Moutinho. - 1919: Entra na Faculdade de Direito, em Lisboa. - 1919: Primeira obra, Livro de Mágoas. – 1923: Publica o Livro de Soror Saudade. – 1927: A 6 de Junho, morre Apeles, irmão da escritora, causando-lhe desgosto profundo. - 1930: Em Matosinhos, Florbela põe fim à vida. - 1931: Edição póstuma de Charneca em Flor, Reliquiae e Juvenilia e ainda das colectâneas de contos Dominó Negro e Máscara do Destino. Reedições dos dois primeiros livros editados. Verdadeiro começo da sua visibilidade generalizada.


FLOR BELA, RAÍZES E RAMOS


Vila Viçosa, final do ano de 1894, noite de sete para oito de Dezembro.

Antónia da Conceição Lobo sente as dores do parto. Nasce uma menina. Não vem ao encontro das alegrias da família. Não há assim lugar ao habitual regozijo de tais momentos. Não parece ter sido desejada por qualquer das partes. É baptizada como filha de pai incógnito. Avôs e avós também incógnitos. É-lhe posto o nome de Flor Bela de Alma da Conceição. Na literatura portuguesa será chamada Florbela Espanca. Apelido que receberá do pai, João Maria Espanca, já então levantado o véu encobridor. Curiosamente, o padre que a baptiza e a madrinha usam o mesmo apelido.

A mãe morre algum tempo depois.

Tem infância sem falta de carinhos e a sua subsistência não será ensombrada por insuficiências que atingem muitas das crianças que nascem em circunstâncias semelhantes.

O pai não a deixará desprovida de amparo. Ela própria assim o diz quando aos dez anos, em poema de parabéns de aniversário ao "querido papá da sua alma" escreve que a "mamã" cuida dela e do mano "mas se tu morreres/ somos três desgraçados" .

Será acarinhada pelas duas madrastas, como revelará na sua própria correspondência.

Ingressa no liceu de Évora. Num tempo em que poucas raparigas frequentam estudos, e bonita como é, apesar de umas tantas vezes afirmar o contrário, põe à roda a cabeça dos colegas.

Não são aqueles os primeiros versos. Antes já os escrevera com erros de ortografia. Naturalmente infantis, mas avançados em relação à idade. De algum modo, prenunciam o que virá depois.

Esta precocidade contrasta com um quê de desajustamento futuro, quando a sua escrita divergirá dos conceitos de poesia dos grupos do Orfeu, Presença e outras tendências do designado "Modernismo", e que emergem como as grandes referências literárias da época. Das quais Florbela parecerá arredada.

Inicialmente sem dificuldades económicas, como deixa perceber. Explicadora, trabalhará ensinando francês, inglês e outras matérias. Mais tarde, com vinte dois anos, irá cursar Direito na Universidade de Lisboa.

Publica vários poemas em jornais e revistas não propriamente dedicados à poesia, como seja Noticias de Évora e O Século ou de circulação local.

Edita os seus primeiros livros, Livro de mágoas em 1919, e em 1923 Livro de Soror Saudade, onde incluirá grande parte da produção anterior.

Refere o seu Alentejo e os locais ligados às suas origens, e exalta a Pátria em alguns poemas. Mas a sua escrita situar-se-á sobretudo no campo da paixão humana.

Contrai matrimónio por três vezes. Do primeiro marido, Alberto Moutinho, usa o apelido em alguns escritos, nomeadamente correspondência. Do terceiro marido, Mário Lage, juntará o apelido à assinatura usual, nas traduções que efectuará. Do segundo, António Guimarães, não parece haver reminiscências explicitas nos escritos de Florbela, que lhe terá dedicado obra que publica como Livro de Soror Saudade, titulo diferente do projectado e esquecendo a dedicatória.



AS FACES DUMA PERSONALIDADE



Como dizem vários estudiosos da sua pessoa e obra, Florbela surge desligada de preocupações de conteúdo humanista ou social. Inserida no seu mundo pequeno burguês, como evidencia nos vários retratos que de si faz ao longo dos seus escritos.

Não manifesta interesse pela política ou pelos problemas sociais. Diz-se conservadora.

Uma quase inventariação das suas diferentes personalidades desenha-se nas palavras de um dos seus contos, a que deu o titulo À margem de um soneto que integra o volume intitulado O Dominó Preto.

Inicia-o falando duma poetisa, a dizer que "vestida de veludo branco e negro, estendeu a mão delgada, onde as unhas punham um reflexo de jóias....", informando um visitante de que tinha fechado o seu "livro de versos... com um belo soneto!"

Segue, "num olhar... afogado em sonho" e "numa voz macia e triste" a leitura do soneto e termina com "o mal de ser sozinha"...suportando "o pavoroso e atroz mal de trazer/ tantas almas a rir dentro da minha!...."

O conto continua em tons e quadros que Florbela frequentemente considera como de si própria e aqui atribui a suposta romancista brasileira: "feia, nada elegante, inteligente, mas com o talento, o espírito e a graça, e sobretudo o encanto, duma imaginação extraordinária, palpitante de vida, apaixonada e colorida, sempre variada, duma pujança assombrosa."

Pondo na mente do marido da personagem, o seu próprio discurso, vai enunciando as "almas diversas que eram dela" e que "ocultava dentro de si".

Entrevê a personagem "imaculada, ingénua, fria, longínqua"; "inacessível e sagrada" de "imaterial beleza" e "a morrer virginal e sorridente".

Referindo um outro imaginário romance apresenta-se "ardente e sensual, rubra de paixão, endoidecendo homens, perdendo honras..."

Com alusão a terceiro presumível livro, qualifica-se "céptica e desiludida, irónica, desprezando tudo, desdenhando tudo, passando indiferente em todos os caminhos, fazendo murchar todas as coisas belas". Mente "dia e noite só pelo prazer de mentir" e "beija doidamente um amante doido."

Quem, ao ler a sua obra poética, a sua prosa, as suas cartas, os seus outros escritos, não a vê usar um milhar de vezes para si própria, termos semelhantes, ultrapassando até tais qualificativos e exageros?

Antes do final ainda a exaltação do ser poeta, que se pode considerar uma das suas constantes:

"- As almas das poetisas são todas feitas de luz, como as dos astros: não ofuscam, iluminam...."

Quem é realmente Florbela?

Ninguém é definível numa só dimensão, num só conjunto de qualidades. Todo o ser é uma intersecção de adjectivações diferentes e até opostas, ensina-me, desde a juventude, o meu amigo Diogo de Sousa, que cursava Filosofia.

No caso da poetisa tem a particularidade de ser ela própria a evidenciá-lo, permanentemente e sem constrangimentos. Parafraseando António José Saraiva e Oscar Lopes na História da Literatura Portuguesa: estimula e antecede o "movimento de emancipação literária da mulher" que romperá "a frustração não só feminina como masculina, das nossas opressivas tradições patriarcais...."

Na sua escrita é notável, como dizem os mesmos mestres, "a intensidade de um transcendido erotismo feminino". Tabu até então, e ainda para além do seu tempo, em dizeres e escreveres femininos.

Os referidos autores, em capitulo sob o titulo Do simbolismo ao modernismo, enumerando várias tendências como "método de exposição ... pedagógica" incluem Florbela num grupo que designam como "Outros poetas". Qualificam-na como "sonetista com laivos parnasianos esteticistas" e "uma das mais notáveis personalidades líricas".

O seu egocentrismo, que não retira beleza à sua poesia, é por demais evidente para não ser referenciado praticamente por todos.

Sedenta de glória, diz Henrique Lopes de Mendonça, transcrito por Carlos Sombrio.

Na sua escrita há um certo numero de palavras em que insiste incessantemente. Antes de mais, o EU, presente, dir-se-á, em quase todas as peças poéticas. Largamente repetidos vocábulos reflexos da paixão: alma, amor, saudade, beijos, versos, poeta, e vários outros, e os que deles derivam.

Escritos de âmbito para além dos que caracterizam essa paixão não são abundantes, particularmente na obra poética. Salvo no que se refere ao seu Alentejo.

Não se coloca como observadora distante, mesmo quando tal parece, exterior a factos, ideias, acontecimentos.

Curiosa é a posição da poetisa quanto ao casamento. Mau grado dizer que a única desculpa que se atribui é ter casado por amor (!!!), várias vezes se afirma inteiramente contra, apesar de ter contraído matrimónio por três vezes...

Entre os poetas seus preferidos destacam-se António Nobre, Augusto Gil, Guerra Junqueiro, José Duro e outros de correntes próximas. Interessa-se também por Antero.

Pela não publicação das suas obras, ora se mostra descontente por não encontrar editor para os livros que, após os dois primeiros, deseja dar a público, ora pretende mostrar-se desinteressada, mesmo desdenhosa pelo facto. Embora o desgosto seja saliente.

Passados perto de setenta anos sobre a sua morte são falados comportamentos menos ortodoxos em relação à moral sexual do seu tempo. Algumas expressões de emocionalidade um tanto excessiva para a época, embora não exclusivas da escritora, ajudam a suspeita.

Lembramos a sua correspondência e as referências ao irmão, Apeles. Os seus excessos verbais parece não passarem disso mesmo - imoderação para exprimir uma paixão. Aqui, exaltação fora do comum de um amor fraternal mas que não destoa do falar dos seus sentimentos.

Semelhante escrever na correspondência com uma amiga. Afinal nunca esteve junto dessa mesma amiga e apenas a viu em retrato.

Esses limites alargados na expressão do amor, da amizade e das afeições, são uma constante.

Fernanda de Castro, em escrito retido por Carlos Sombrio, explica as suas contradições, ao dizer" não soube viver sem quebrar preconceitos, algemas, correntes - e não teve coragem de os quebrar todos".

Florbela, poetisa, não pode ser separada da sua condição de mulher, das suas paixões, da sua maneira de ser, da sua vida, das suas contradições, humildade e orgulho, preconceitos, sua presença e ausência, seus amores e desamores, explica-me a minha jovem amiga Clara Santos, florbelista militante.

A sua única preocupação é ela própria, o amor, a paixão... o querer e o não querer. A par duma vida pouco comum para os cânones vigentes - dois divórcios e três casamentos em cerca de quinze anos - essa relação mulher-paixão e a exaltação ao exprimir-se sobre si própria, podem ter contribuído para os conceitos aludidos.

Repare-se neste começo de um dos seus mais conhecidos sonetos:

Eu quero amar, amar perdidamente !
Amar só por amar: Aqui ... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ...
Amar ! Amar! E não amar ninguém !


e no final da quadra seguinte

Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Na época, conservadora como diz ser, leva a crer muito provavelmente, num viver que nos factos se coadunará e não se distanciará dos conceitos morais e sociais vigentes.



FLORBELA, A ESCRITORA E O CULTO


Pergunto-me o porquê da visibilidade de Florbela e da sua aceitação por um público muito mais vasto que o de muitos outros escritores seus contemporâneos, anteriores e posteriores, de qualidade se não superior, pelo menos semelhante, e de interesse e caracter mais universalista, com preocupações capazes de fazerem apelo a um mais vasto e amplo leque de sensibilidades.

Se a sua obra apresenta inegável interesse e beleza, não deixa de constituir surpresa para alguns críticos, o impacto junto do público leitor, comparado com o de outros autores de igual valia e que fora dos meios ditos intelectuais pouco ou nada são conhecidos.

Abrimos a referida História da Literatura Portuguesa, contamos os vários nomes de escritores aí citados na mesma época, atentamos na análise deles feita pelos insuspeitos autores e constatemos o numero dos que praticamente continuam envoltos numa bruma. Mesmo para leitores de mais largos voos muitos não passam de meros desconhecidos.

Após vasta inventariação de publicações, José Augusto França, na sua obra Os anos vinte em Portugal, indicando umas dezenas de escritores, a Florbela se refere dizendo-a "escondida de todos", acrescentando todavia que "foi ela o caso de mais profunda criação entre as mulheres que publicaram nos anos 20 portugueses".

Para outros não é um astro da grandeza de vários dos seus contemporâneos. Estará um tanto em atraso, quer quanto à forma, quer quanto às suas preocupações. Como explicar então que seja qualificada por muitos como um dos vultos do século - e o seja, pela projecção que acaba por atingir?

Hernâni Cidade referirá "a violenta contradição entre o conceito de poesia de duas épocas distantes ou próximas".

Alguns críticos entrelinham a análise do seu comportamento e da sua obra com dizeres onde se pressente um esforço para evitarem uma sentença relativamente dura.

Natália Correia, em longo prefácio a uma edição de Diário do último ano fala do "coquetismo patético" e refere a sua "poesia maquilhada com langores de estrela de cinema mudo, carregada de pó de arroz". E continua, exagerando um tanto, dizendo que a escritora "estende-se na chaise-longue dos seus quebrantos de diva de versos. Muito a preceito da corte dos literatos menores. Uma cadelinha de luxo acarinhada no chá-das-cinco das senhoras do Modas e Bordados e do Portugal Feminino para explicar que isso nasce da sua insensibilidade "a rupturas engendradas pelas crises do discurso lógico masculino".

Porquê então tal expansão?

O seu culto começa nela própria.

Leia-se o poema, cantado por conhecido grupo musical e um dos mais belos:

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e Alem Dor!
.............................
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
.............................
É ter fome, é ter sede de Infinito!
............................
É condensar o mundo num só grito!
............................


E quantas e quantas vezes Florbela nos recorda que é poeta! E com que euforia:

Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!


Poucos poetas o farão tão repetidamente...

De modo algum pomos de lado a beleza do que escreve, da maneira como se exprime, e do que ocupa a sua escrita.

Sem excluir a qualidade literária, não serão porém inteiramente estranhos ao multiplicar da sua leitura, aspectos que de certo modo lhe serão alheios. Entre outros, o auto retrato da sua vida que desenha um tanto distante do ordenamento e preconceitos sociais da sua época, as variadas contradições, ou aparência de contradições (como admite José Régio) a tragédia da sua morte, o seu empenhamento na publicação, esforçado e continuado, os locais onde vive, propensos à glorificação dos naturais ou próximos, o seu proto-feminismo diferenciado do que se lhe seguirá uns anos mais tarde, mas capaz de chamar a atenção.

Um nome, Guido Batelli, italiano, professor da Universidade de Coimbra, não poderá ser esquecido. Ao traduzir para a sua língua vários dos poemas de Florbela, cria um facto que não se pode dizer muito comum .

E admirando-a sinceramente, contribuirá para a edição (póstuma) de Charneca em Flor, Reliquiae e Juvenilia. É provavelmente com a sua intervenção que se fazem as primeiras reedições do Livro de Mágoas e do Livro de Soror Saudade.

Régio, sobre o silêncio da Presença, de que diz ter vergonha, explica que só mais tarde a conhece. Chama-lhe "poesia viva" que "nasce, vive e se alimenta do seu (...) porventura demasiado real caso humano". Acompanhará sucessivas reedições de uma parte dos poemas com extenso e elucidativo prefácio, datado de 1950, onde faz análise valiosíssima, exaltando a obra e destacando alguns dos mais brilhantes momentos da poetisa...

Mas é, possivelmente, António Ferro que, em artigo do Diário de Noticias, logo em Janeiro de 1931, chama a atenção para a poesia de Florbela e provoca um acordar de críticos e leitores que até ao presente se não extingue.



POESIA. CONCEITOS E PRECONCEITOS DE AMOR


"Beija-me as mãos, Amor, devagarinho", diz Florbela. Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a Tábua Cronológica.

É a poesia que fará de Florbela o vulto que é. Quase sempre em forma de soneto.

Salvo umas tantas excepções. Algumas quadras incluídas por Rui Guedes em valiosa edição abrangendo a totalidade ou quase da poesia de Florbela .

Uma delas, com um certo sabor à chamada quadra popular:

Tenho por ti uma paixão
Tão forte tão acrisolada,
Que até adoro a saudade
Quando por ti é causada

ou esta

Que filtro embriagante
Me deste tu a beber?
Até me esqueço de mim
E não te posso esquecer...


O seu Alentejo merece-lhe palavras de exaltação. Em soneto a que chama No meu Alentejo que inclui em carta à directora de Modas e Bordados exprime-a nos tercetos finais

Tudo é tranquilo e casto e sonhador...
Olhando esta paisagem que é uma tela
De Deus, eu penso então: Onde há pintor


Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela,
Mais delicada e linda neste Mundo?


Escreve também poemas de sentido patriótico. Um deles, dirigido às mães, apelando que calem as suas mágoas pelos filhos que lutam e morrem na guerra em defesa da Pátria, e alguns outros de sentido semelhante.

Mas Florbela lembra claramente que o que a preocupa é o Amor, e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: a solidão, a tristeza, a saudade, a sedução, a evocação da morte, entre outros... E o desejo. Mesmo quando trata outros temas, diz-me alguém que a admira. Olhemos uma das quadras do soneto que intitulou Toledo

As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
É como um jasmineiro em alvoroço,
Ébrio de Sol, de aroma, de prazer!


O grande paradoxo. O amor, como muitas vezes se lhe refere, sugere um sentir onde o erotismo é componente permanente. Exaltado em vários escritos, noutros pretende ser limpo do que na época se consideram impurezas.

Após os vários casamentos, diz desejar morrer virginalmente.

Tudo produto duma moral que interditava à mulher exprimir o seu prazer sexual, segreda-me uma outra minha amiga, para quem Florbela é o grande expoente da escrita no feminino. As sugestões mais ousadas sobre sexo eram tidas como degradação ou, complacentemente, como provocação, recorda-me.

Pergunta que não terá resposta fácil é saber se Florbela escreve, aproximando-se do explícito, porque pretende romper com os comportamentos tidos como convenientes e dentro do moralmente correcto.

Olhamos o soneto Passeio ao Campo onde começa

Meu Amor! Meu Amante! Meu Amigo! Colhe a hora que passa, hora divina,
bebe-a dentro de mim, bebe-a comigo!

e depois de referir a "cinta esbelta e fina..." e outros atributos da sua própria elegância física, continua

E à volta, Amor... tornemos, nas alfombras
Dos caminhos selvagens e escuros,
Num astro só as nossas duas sombras...


Num outro

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...


para concluir

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...




O erotismo não fica por aqui. Num outro poema diz:



Sonhei que era a tua amante querida
......................................................
........................................anelante
estava nos teus braços num instante,
fitando com amor os olhos teus


E ainda em sentido semelhante, estes tercetos

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves, cantando, ao sol, no mesmo ninho...


Beija-mas bem!...Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!...


Mau grado dizeres que, pelo sensualismo, sugerem um sentido libertário, uma interpretação do conjunto da sua obra faz pensar em posição cultural divergente.

Contraditoriamente com essa sensualidade sempre presente, afirma não poder olhar para o relacionamento sexual sem um sentimento de impureza, de brutalidade. Em alguns trechos, onde mais fortemente sugerido, as mulheres são impuras, megeras ou sujeito de outros qualificativos semelhantes.

O casamento e a posse são brutalidades, afirma e repete.



A PROSA

A prosa de Florbela exprime-se através do conto e de um diário que antecede a sua morte e em cartas várias, de natureza familiar umas, outras tratando de questões relacionadas com a sua produção literária, quer num sentido interrogativo quanto à sua qualidade, quer quanto a aspectos mais práticos, como a sua publicação. Nas diferentes manifestações epistolares sobressaem qualidades que nem sempre estão presentes na restante produção em prosa - naturalidade e simplicidade.

Nos contos, compilados em dois volumes, O Dominó Preto e As Máscaras do Destino, muitas vezes um certo sentido autobiográfico, intimista.

No já referido À margem de um soneto, como atrás dizemos, parece pretender retratar as diferentes personalidades em que se vê, contraditórias e provocantes em relação à época

Num outro conto, Amor de outrora, pressente-se um recordar de ocorrências da sua vida e dos seus enganos e desenganos de amor, desde o primeiro ao terceiro casamento. Várias cartas, para os maridos e para os apaixonados que aparentemente pretende afastar, e para o pai, em que procura justificar algumas situações, ajudam a este entendimento.

Em Crime do Pinhal, ao lado dos "lavadores de honra" pelo assassinato de um sedutor, duas mães no afecto da mesma criança. As suas "madrastas mães" cujo grande e simultâneo afecto por Florbela é retribuído?

No inicio de As Máscaras do Destino, dedicatória a Apeles, o seu Morto, para quem mais uma vez palavras de exaltação e dor, que complementa em O Aviador, visão mítica da morte do irmão amado.

Ao longo dos contos encontram-se frases de grande beleza e força. As expressões de desejo, carregadas de erotismo, atribuídas à personagem do segundo dos referidos contos – que, de algum modo, exprimem as suas contradições na transição para a libertação da mulher. Não podemos porém deixar de os considerar por vezes carecendo de uma certa densidade. Um excessivo uso de palavras e imagens, que pouco ou nada acrescentam ao que pretende sugerir, contribui para uma menos conseguida "análise profunda dos sentimentos e paixões", observa Y. Centeno. E, como nota a mesma escritora, quase permanente é a qualificação das mulheres em puras e impuras, em excelentes e megeras.

As suas cartas, sem a pretensão da criação literária, e talvez por isso, a par da informação factual, apresentam uma visão muito menos enfeitada e artificiosa da sua vivência. Permitem conhecê-la melhor e exprimem estados de alma mais próximos duma humanidade real do que a sua prosa formal e, até, alguns dos seus momentos poéticos.

Sobressaem as que envia à sua amiga Júlia Alves, com quem nunca se encontrará, com quem troca impressões sobre os mais variados assuntos e a quem expõe a sua alma à medida que o relacionamento vai progredindo. Numa delas dirá: "preciso tanto de ser embalada devagarinho... suavemente... como uma criança pequenina, sonhando de olhos fechados, num regaço carinhoso e quente!..." O que talvez ajude a compreender a sua vida e a sua morte.

Numa outra, já após o primeiro casamento, afirma - e isto é por ela redito e contradito: "uma das coisas melhores da nossa vida... é o amor, o grande e discutido amor... " acrescentando umas linhas a seguir que "no entanto, o casamento é brutal, como a posse é sempre brutal..."

Escreve à sua amiga com frequência que não deixa de surpreender. Em dias seguidos. Num mesmo dia três missivas distintas. Na que se presume ser a última, um pouco menos de um ano depois da primeira, e já sem o calor que se pressente nas anteriores, agradece dizendo que não esquece o ter-se sentido compreendida e estimada

Em correspondência dirigida a outras personalidades mostra-se triste pois não vê facilitado o caminho para a publicação dos seus livros.

A Raul Proença deixa claro o seu desânimo com o que este pensa dos seus versos, juntando outros sonetos perguntando se desses gosta. O escritor virá a proporcionar-lhe a publicação (Livro de Mágoas).

Traduzirá dois livros (e possivelmente outros), um de Pierre Benoit, Mademoiselle de la Ferté, que constitui leitura obrigatória dos adolescentes da década seguinte à sua morte, e Dois Noivados de Clambol, editados pela Liv. Civilização, do Porto. Assina as traduções como Florbela Espanca Lage. Antes, em várias circunstâncias, usara Florbela Moutinho, apelido do primeiro marido.



O FIM


No último ano de vida elabora um Diário, onde deixará anotações até escassos dias antes do trágico fim. Prefácio a esse fim.

Logo no início explica não ter qualquer objectivo ao escrevê-lo.

Pouco depois do começo espera que "quando morrer é possível que alguém" ao lê-lo "se debruce com um pouco de piedade, um pouco de compreensão," sobre o que foi ou julgou ser. "E realize o que eu não pude: conhecer-me".

Define-se "honesta sem preconceitos, amorosa sem luxúria, casta sem formalidades, recta sem princípios, e sempre viva", o que encaminha para algumas das questões que se põem..

Depois de recordar os nomes de companheiros e mostrar uma vez mais o amor pelo irmão, Apeles, aviador, cujo desaparecimento em desastre do seu avião a faz sentir mais só. Diz não compreender o medo que a morte causa à jovem autora de um Diário de que reproduz algumas frases.

Examina-se diante do espelho e dizendo-se "grosseira e feia, grotesca e miserável" põe em dúvida se saberia fazer versos. Colocando-nos uma vez mais em face das contradições que a atormentam permanentemente e que exprime numa outra frase: "Viver é não saber que se vive".

À medida que caminha para o final as anotações são cada vez mais raras e curtas.

Afirma que as cartas de amor que escreveu resultavam apenas da sua necessidade de fazer frases. E em oposição frontal com o dito páginas atrás escreve "se os outros não me conhecem, eu conheço-me".

Poucos dias antes de morrer interroga-se "que importa o que está para além?" Responde, repetindo o que diz no soneto A um moribundo: seja o que for será melhor que o mundo e que a vida.

A morte anunciada ao longo da sua escrita ocorrerá pouco depois. Põe fim à vida em 8 de Dezembro de 1930, dia em que faz trinta e seis anos, em Matosinhos, onde vive. Aí é enterrada sendo mais tarde trasladada para a sua terra natal.

Com Florbela morre, não talvez a maior poetisa do seu tempo, mas uma das que mais agudamente e sem temor exprimiu as grandes contradições da sensibilidade feminina nas suas paixões. Ao mesmo tempo, com uma certa ingenuidade, impregnada das verdades simples ou complexas do que é a mulher, na convergência da cultura e do ser.

Que conduz Florbela para a morte?

Fernanda de Castro, em escrito citado por Carlos Sombrio, sintetiza a resposta: "Porque nunca soube pôr de acordo o seu corpo, o seu espírito e a sua alma".

Do acontecimento os jornais quase não dão notícia. Fá-lo-ão a partir daí.

Postumamente são publicadas, por iniciativa do professor Guido Batelli, como atrás se diz, os dois livros de poemas Charneca em Flor e Reliquiae, duas colectâneas de contos, Dominó Negro e Máscara do Destino e uma outra de poesia, Juvenilia.

Começo de uma sucessão de reedições que no caso da poesia alcança já, em alguns casos, a ordem das três dezenas, ou mais, se recordarmos a dispersão editorial.

E alem das de Guido Batelli, algumas traduções, não apenas para italiano.

quinta-feira, maio 06, 2004

Jantar...

Olá colegas, como têm passado?

Eu não vou poder ir ao jantar, mas espero-vos no dia 15, no "almoço-lanche" das fitas.

Beijinhos,
CarlaNabais

domingo, maio 02, 2004

Jantar = Almoço ??

Boas,

Não poderá ser antes um almoço?? No dia oito, por exemplo??

Na sexta (sete Maio) não vai dar para mim...


..::carlos galveias::..

segunda-feira, abril 26, 2004

COVILHÃ

Nós gostamos.

Quem não foi, tivesse ido.

quinta-feira, abril 22, 2004

Justificação da presente reestruturação do

Os meus amigos sabiam que a nossa licenciatura foi restruturada?
Há, não sabiam?
Calma, calma, que a nós já não nos toca (vamos a ver.. Vejam lá as cadeiras em atraso..).


Vão à página da UNI.



Abraços e beijos (respectivamente)

F.Marinho

quarta-feira, abril 21, 2004

Colegas de A. Imprensa

Que tal utilizarem este meio para publicarem alguns dos vossos artigos & reportagens que apenas circulam na Gazeta Cenjor???

Vá força!!

..::carlos galveias::..

terça-feira, abril 20, 2004

Mudança de Cor

Ainda tinha esperanças… enfim, a culpa poderia ser da cor… nem este azul atrai o pessoal… vou mudar para… deixa ver… ok, vou mudar para verde!!

..::carlos galveias::..

quinta-feira, abril 15, 2004

Almoço / Jantar de Turma

Para quando um reencontro????

CN

Penso ser uma boa causa

Não conheço o motivo… mas cada vez temos menos movimentos cívicos em Portugal. Já ninguém fica indignado com toda a… ok, sou moderado… com toda porra que nos é imposta…

Há uns que dizem que as gerações pós-Abril ’74 nunca tiveram de lutar pelos seus direitos… os outros cansaram-se…

Outros dizem que é da péssima (inexistente?) educação neste país…

Mas realmente o que se passa? Estamos todos contentes e alegres?… vivemos bem? Estamos satisfeitos com as decisões que são tomadas por nós? Portugal caminha na direcção certa? Bem… e o que fazemos nós? Conversa de café… treinadores de bancada…

Houve a questão de Timor… mas aí era muito fácil todos estarem de acordo… foi uma questão consensual… e era longe… pobrezinhos… Eu também fiz os três minutos de silêncio pelo povo timorense…

Depois… depois o quê? Pedofilia? Marcha branca?

Ok, ok… também nos manifestamos nas ruas… alguns… contra a invasão do Iraque…


Timor é história… alguém sabe o que se tem passado nos últimos tempos??? Pedofilia… bom, o Carlos Silvino vai-se… tramar… quanto ao Iraque… com esta vaga de raptos dos extremistas… qualquer dia ainda concordamos com o Tio Sam…

E de resto?? Uma imensidão de nada!! Correria do costume… correr para pagar a prestação do caro, da casa, do computador, implante de silicone, aparelhagem, kit de home DVD… creche dos miúdos, roupa dos saldos… e chegar a casa ligar a TV para uma lavagem de cérebro… que bom… ainda existem pessoas com uma vida tramada… desgraçados… TVI&Co enchem o nosso ego (com som digital Dolby)… fora do aconchego da nossa casa ainda existem vidas desgraçadas…

Que porra…

Bem… estou com uma pontuação à Saramago… bem, aquela ideia de votar em branco…

Chega!!! É melhor parar por aqui… vamos ao que interessa… recebi o mail em anexo… talvez o pessoal queira participar…

Petição - Empréstimo de livros em bibliotecas em risco!

Graças a uma daquelas mudanças na legislação que ninguém percebe bem, a Comissão Europeia quer que as bibliotecas passem a pagar às editoras para emprestarem os seus livros ao público. A BAD (Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas) está a fazer uma petição para tentar evitar esta monstruosidade:

http://www.petitiononline.com/PetBAD/petition.html

No actual momento, existe já uma grande rede de excelentes bibliotecas municipais em todo o país e que têm cada vez mais afluência de público.

Isto demonstra que existe interesse da população em usufruir desta fonte de promoção ao conhecimento, essencial para a manutenção de uma democracia.

Pensem também que se perderá muito do acesso ao conhecimento existente nas bibliotecas das Escolas e nas que stão integradas no sistema educativo, nas bibliotecas de Instituições sem fins lucrativos e nas bibliotecas universitárias.

Mesmo que não sejam frequentadores assíduos de bibliotecas assinem a petição e divulguem esta mensagem entre os vossos conhecidos.

Pensem que esta é uma fonte inestimável que pertence a todos.

Obrigado pela vossa participação


Have fun!!

..::carlos galveias::..

PS: Não consegui mais uma vez fazer fortuna... se alguém estiver interessado nas fotos diga. É um ficheiro com ca. de 3 MB, preparem as caixas de correio...

quarta-feira, abril 14, 2004

Tempestade de emoções



Os céus desabaram,
soltando placas graníticas,
O ar irrespirável
rugia trovões
faiscado
por lanças demoníacas
que destruíam as emoções.

As gaivotas corriam em cardume
directas à tempestade,
Gotas de chuva subiam ao céu
construindo quadrículas na calçada.
Borboletas nadavam em queixume
fugindo à realidade.
A paixão flutuava inerte

no instante da tua chegada.

Sinto-me cinzento,
cinzento como o ar que me rodeia
e a luz que me não me deixa ver.

Sinto-me triste,
triste como o mar sem a areia
e a lua que teima em se esconder.

Sinto-me perdido,
perdido numa teia
que a vida teimou em tecer.


F.Marinho


Às vezes apetece publicar posts diferentes.......

terça-feira, abril 13, 2004

DIREITOS

Já que estamos em maré de "discutir" as percentagens a receber/pagar…… não esquecer os direitos de imagem……. (para mim qualquer 90% é viável).

F.Marinho

sábado, abril 10, 2004

Só 50% de Lucro???????

Carlos duas coisas:
1- Não te esqueças dos portes de envio, têm que ser à cobrança, pois não estão incluídos!
2- Porque a máquina é minha tenho de ter 60%!
Aquele abraço,
muitas amêndoas,
Luís Z.

As famosas... fotos...

Aviso que sou o feliz detentor das famosas fotografias do jantar na Portugália (e respectiva continuação)…

Estão aqui quatro amostras para o provar… e aguçar o apetite…

Quem estiver interessado em ver as restantes (e são muitas…) poderá realizar uma transferência bancária para o número de conta que deverá neste momento estar a passar em rodapé do ecrã…

Eu que já tinha desistido fazer fortuna com as novas tecnologias… he, he, he… (Claro, o Zuca recebe metade do apuro)…

Have Fun… and always watch good movies…

..::carlos galveias::..


PS: As originais - fornecidas depois das tranferências bancárias - estão, naturalmente, nítidas...

PS2: Agora este blogue vai passar a ter mais comentários... palpita-me...




quinta-feira, abril 08, 2004

OP'S

BOM FIM DE SEMANA, ALARGADO - para alguns, snif, snif....


(Não esquecer o ataismo do signatário)

Nem todos têm as mesmas regalias!!!

Pois é, alguns ainda têm que trabalhar.

Por isso aqui estou eu a contribuir, mais uma vez, para este (se)bastião da informação livre. Não tenho inscrito mais mensagens dada a dificuldade de encaixar a minha verborreia no meio dos brilhantes textos dos habitues.

Os meus parabéns pelos "posts" das Carlas e pela sua pertinência, sempre presente.
(ainda há uns dias li, neste Blog, um texto com referencias explicitas a estas duas DIVAS, e muitos elogios, que estranhamente (ou pela mão de qualquer tipo de censura) desapareceu, qual esfumaça, instantaneamente.)

Adorei os contributos quase diários dos Luises (L. e Z.), é com textos destes que se demonstra a evolução académica nas vertentes da comunicação.
As imagens produzidas pelo "ilustre casal" do Bilot's Bar é impressionante.
Já para não falar (escrever) dos Danieis, Claudias, Hugos, Elsas, Ramiros, Jaimes e afins que, pelo menos pela qualidade, e não só pela quantidade, têm ocupado este espaço de forma déspota.

Assim sendo está na altura de deixarem algum espaço (literário, ou de critica, ou do quer que seja) para os Carlos as Sofias e para mins. Sim que nós também temos direitos a escrevinhar qualquer "coisinha", né.
Parafraseando um ilustre Comunicólogo "Eu não vinha cá desde a ultima vez".

Inté.

F.Marinho

PS . Aqui vai o meu contributo (pseudo) poético.

"De casa corri,
corri para casa
e fugi.
Fugi
dos medos da alma

Despertei na cidade
repleta de sonhos
Sentei-me acordado
sonhando a noite
Saí para o céu
encontrei-te na rua
E lembrei-me da névoa
Gritei no silêncio
ouvi-me no eco
Pensei-me no vento
cortante momento
Corri pela estrada
toquei-te na pele
Gelei no contacto
Sonhei-me na noite
Desmaiei na calçada
acordei na cidade
Sentei-me acordado

Corri pela estrada

e fugi.
Fugi dos medos da alma"


quarta-feira, abril 07, 2004

Prémio para «Pois, só podia!»

Para quem ainda não tentou:

Site: www.google.pt
Palavra Chave para Pesquisa: estúpido

E o primeiro resultado é....?

O prémio está entregue!!

Boas Festas


..::carlos galveias::..

domingo, abril 04, 2004

Já agora....

Não há fotos do últmo jantar???

Lá vamos ter de ir jantar novamente para tirar umas fotos...


..::carlos galveias::..

Vai uma cola?

Só mais uma...




... e o porco... 30 minutos....



..::carlos galveias::..

Já devem conhecer... mas... bem... o porco...

Meus Amigos...mordam-se de inveja!!!!!!


CURIOSIDADES CIENTÍFICAS

Está cientificamente provado que...

* Se uma pessoa gritasse durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, teria produzido energia suficiente para aquecer uma xicara de café...
(Não me parece valer a pena tentar... )

* O orgasmo de um porco dura 30 minutos...
(30 minutos... vocês leram bem direitinho??!! )

* Dar cabeçadas contra um muro consome 150 calorias por hora...
(Ainda estou pensando no porco, porra!...30 minutos?.... )

* Uma barata viverá 9 dias sem cabeça, antes de morrer de fome...
(Que inveja eu tenho do porco! )

* Alguns leões acasalam mais de 50 vezes por dia...
(Prefiro ser porco,qualidade em vez de quantidade! )

* As borboletas saboream as suas próprias patas...
(Isso é algo que sempre quis fazer, mas falta-me elasticidade.)

* O elefante é o único animal que não pode saltar...
(...30 minutos... Que loucura essa do porco!)

* A urina do gato brilha fosforescente, sob uma luz forte...
(Pensaram bem?... São... 30 minutos!)

* Os olhos de uma avestruz são maiores que o seu cérebro... (Conheço gente assim...)

* A estrelas do mar não têm cérebro...
(Também conheço gente assim...)

* Os ursos polares são surdos...
(O porco é demais!)

* Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que têm sexo por prazer...
(E se um golfinho fizesse sexo com um porco? 30 minutos!
Que fenômeno!)



Que linda segunda-feira... o porco... 30 minutos... bem...


...::carlos galveias::..

Como é segunda-feira...

Daaaaahhh...

Marido chega a casa e a mulher está desolada:

- Querido, não temos luz na entrada, vais ver o que se passa? Ele, espirituoso:

- Daaaaaaa.... Tás a ver EDP escrito na minha testa?

E volta costas. Ela suspira e suplica:

- Mas então dá uma olhada na porta do frigorífico, não fecha....

Ele, de novo:

- Daaaaaaa.... Tás a ver Ariston escrito na minha testa?

Ela não desiste:

- Ao menos vê se tratas das prateleiras da dispensa...

- Daaaaaaa.... Tás a ver Aki escrito na minha testa?

Feliz com as suas respostas, o marido vai para o café com os amigos.
A certa altura, aí pela 7ª cerveja, tem um rebate de consciência e
decide ir a casa dar uma beijoca na patroa.

Chega e encontra a luz da entrada arranjada, a porta do frigorífico impecável e a dispensa cheia de novas prateleiras.

- Olé, o que é isto?
A mulher responde:

- Depois de saíres estava tão desolada que me fartei de chorar. Até que o nosso jovem e simpático vizinho me bateu à porta e se ofereceu para arranjar tudo.
Em troca só queria que fosse para a cama com ele ou então que lhe fizesse um bolo.

O marido:

- E então... que bolo é que fizeste.

A mulher:

- Daaaaaaa.... Tás a ver Maizena escrito na minha testa.



Uma muito boa segunda feira!!!

Daaaaaaaaaa, have fun!!


..::carlos galveias::..

Mais sobre gelados e marketing

Também está em «brasileiro»... está em formato .pdf (Adobe Acrobat).

Sorvetes


..::carlos galveias::..

Museu Virtual

Não sei se conhecem... é brasileiro (que novidade), mas está com um conteúdo interessante...

Site: Museu Virtual Memória da Propaganda






..::carlos galveias::..


Consciência social na indústria de gelados

Ben & Jerry’s: gelados para corações quentes

Ben & Jerry’s, a primeira geladaria de Vermont, hoje espalhada pelos Estados Unidos, não só é conhecida pelos seus gelados refrescantes, como pela intensa acção social que preconiza.
A Ben & Jerry’s é um bom exemplo de que se pode fazer muito dinheiro sem perder de vista a responsabilidade que se tem para com a sociedade: a empresa dá 7,5% do valor bruto das suas receitas à comunidade. É aqui que a Fundação Ben & Jerry’s desempenha um papel de destaque, apoiando famílias e crianças, grupos desfavorecidos e causas ambientalistas.
Desde Julho de 1995 que a Ben & Jerry’s utiliza a Internet como principal meio de divulgação dos seus produtos e ideias. É nela que o visitante pode encontrar uma página que tem o nome de «Take a stand» (tome uma posição), onde a empresa defende diversas causas, como, por exemplo, o uso de algodão orgânico. No ano passado, investiu 18,2 mil contos numa parceria com o Yahoo para dotar as principais escolas americanas de acessos à Internet.


Site: Ben & Jerry's


Os comentários e o numerador estão de regresso... he, he...

..::carlos galveias::..

Olá Tranquilidade

Lamento não poder acudir… Gelados aprecio comer… Seguros abomino pagar… eu sei, não sou uma grandiosa assistência.

Mas… HAVE FUN!

..::carlos galveias::..

PS: Permaneço sem encontrar os comentários e o contador de visitas…

sábado, abril 03, 2004

Ajuda Urgente

Por muito estranho que pareça este pedido, preciso (eu e ou "outros") de saber, até à proxima segunda, se algum de vocês tem "conhecimentos" nas areas de "gelados e/ou "seguros".

Pois é....pois é.... é o trabalhito de segundo semestre.....

F.Marinho

PS . Sofia, eu prometo que este "trabalho" não se vai intrometer no nosso amor.
Beijos, muitos beijos....

sexta-feira, abril 02, 2004

O REGRESSO

Após dois meses de "férias" e o dispêndio de 536€, iniciámos, ontem, o nosso segundo semestre.



Para a semana começam as férias da Páscoa.



Que saudades que eu tenho do meu tempo de estudante.

F.Marinho

PS. Sofia, Sofia, Sofia; Sofia….. ai…ai….

quarta-feira, março 31, 2004

Check Point Charlie: CALDAS DA RAINHA 17 DE ABRIL

Não adianta cair no desespero, pois se prestarmos atenção a Antonin Artaud em O Pesa-Nervos:

Toda a escrita é porcaria. [...]
Todos aqueles que têm pontos de referência no
espírito, quem dizer, num certo lado da cabeça, em pontos
bem localizados do seu cérebro, todos aqueles que
são senhores da sua língua, todos aqueles para quem existe
altitudes na alma, e correntes no pensamento,
aqueles que são os espíritos da época, e que nomearam
essas correntes de pensamento, penso nas suas tarefas
exactas e nesse ranger de autómato que espalha por todo
o lado o seu espírito,
– são porcos.


Esta foi uma entrada muito intelectual… não foi?

Isto tudo parece como coisa de namoro… promete-se amor eterno e no entanto… apenas se recebe o efémero…

Respondendo à tua questão Francisco… tens razão o pessoal tem de se encontrar… um jantar… um almoço comprido… eu sugiro um almoço nas Caldas da RainhaSábado 17 de Abril… se não nas Caldas… tudo bem, poderá ser em Lisboa… ou noutro local… no entanto os meus queridos amigos estão em dívida… digam quantos são… eu prometo um dia inesquecível… cavalos, anões e… muito divertimento…

Have Fun

..::carlos galveias::..

terça-feira, março 30, 2004

Estou a sucumbir de tanta fome.

Ha pelo menos três semanas que aguardo avidamente pelo repasto prometido e "nicles" (nem ao menos um picles).
Nesse espaço de tempo tenho comprado todos os diários, todos os semanários, tenho escutado todas as emissões de rádio, tenho visto todos os noticiários televisivos, assinei todas as publicações de marketing e publicidade e também estou atento às produções nacionais (é o que dá não ter aulas).
Mesmo com este esforço sobre-humano não consegui vislumbrar nenhum dos, obviamente, profissionais encartados que saíram da fornada da nossa ilustre UNI, pensando humildemente que encontraria ai a razão de tão prolongada ausência de contactos. Mas não, não sei de ninguém. Nem neste pequenino pasquim, outrora bastião da informação digital nacional, que dá, estranhamente, pelo nome de BLOG@UNI e que se transformou praticamente num "diário de monólogos" (onde será que já ouvi isto?).
Por tudo isto, e também porque já estou com sintomas de subnutrição (já só peso 0,1 Tn), agradeço a qualquer alminha caridosa que dê noticias, boas ou más, mas dê.

quarta-feira, março 24, 2004

HISTÓRIAS FERROVIÁRAS XV

- João Bernardo, ponha os pés para baixo que está a incomodar o senhor.
- Nhão!
- Ó João Bernardo ouça o que a mamã está a dizer.
- À méda!
Nesta fase do dialogo abri os olhos e, através de um jornal entreaberto, vislumbrei um selecto engravatado visivelmente incomodado pelos pés enlameados do pirralho sentado à sua frente.
O azarado senhor ia lendo as noticias enquanto tentava desviar as pernas dos ataques do indiozinho que se esticava cada vez mais.
- João Bernardo a mamã já disse ao menino para se sentar direito.
- Nhão!
Neste momento e impulsionado pelo corpo já todo de fora do banco, JB agarra-se aquilo que tinha mais próximo. A visão é dantesca.
Com JB, com metade do jornal entre mãos, deitado entre os seus pés, o infeliz cinquentão de olhos fora de orbitas agarrava parte do restante vespertino em cada mão.
- Tá a ver, João Bernardo, o menino podia-se ter magoado! Vá lá, agradeça ao senhor por lhe ter amparado a queda.
- À méda!
No meio de todo este reboliço JB decide mastigar uma parte do jornal já condimentado com a sujidade das pegadas molhadas.
- Ó João Bernardo, o menino não acha que isso não se faz?
- À méda! Blurg……..
Eis que o santinho "bolsa", para o colo de tão calma progenitora, todo o conteúdo daquele satânico estomagozinho, criando uma poçazinha de aspecto toxico e odor condizente.
- Ó João B…..
- À méd…..
Clap!
- Buaaaaaaaaaaaa…
Finalmente o comboio chega a Entrecampos e pelo sorriso do meu parceiro de viagem acredito que existem momentos em que se saboreiam pequeninas vinganças.

F.Marinho



terça-feira, março 23, 2004

A mulher gorda a mim não me convém...

Bom dia a todos!!
Já estava com saudade de vir aqui ao nosso blog!
Queria só mandar um abraço a todos e desejar boa sorte para a última etapa do curso!
E já agora, o jantar é antes ou depois da páscoa???
Aquele abraço,
Luís Z.

segunda-feira, março 22, 2004

Agora...

... até ia uma sandezita e uma cervejota!


CarlaNabais
SofiaSilva
Directamente da sala 1 do Cenjor

PS: somos tão devotas que até o Dr. Sousa Martins nos abençoa pela janela....

Almocito ou um jantarito??

E que tal um almocito ou um jantarito??

Que tal?

Ouve um passarinho que me disse que os cenjores estão a pensar nisso.

Por mim, como habitualmente, pode ser ontem.

.


quinta-feira, março 18, 2004

Não há verdade na mentira

É inquestionável que ocorreram pelo mundo variados actos terroristas que, em nome de uma deturpada visão religiosa, fomentam o terror através da morte indiscriminada e para os quais não existe adjectivação possível.
É verdade que essa uma corja de canalhas não se rege por parâmetros racionais nem reconhece qualquer valor humano.
É também verdade que a decisão de invadir o Iraque como forma de combate ao terrorismo, secundada pela existência de armamento e pelo acolhimento de terroristas, obteve desde logo um eco de vozes discordantes (entre as quais eu me incluo), vozes essas que em alguns países, nomeadamente em Espanha, representavam a opinião da maioria.
É também verdade que após os atentados em Madrid o governo de José Maria Aznar se comportou de forma atabalhoada tentando aproveitar-se do momento, manipulando a informação para dai retirar dividendos políticos.
É também verdade que o PP espanhol, contra todas as expectativas, perdeu as eleições de domingo.
Mas tentar justificar essa derrota com o clima de medo instalado pelo actos terroristas parece-me no mínimo "baixa" demagogia.
Citando José Pacheco Pereira, no seu artigo do Publico de hoje, " Para um democrata, eleições livres, mesmo que realizadas num ambiente de tensão, são uma genuína demonstração da vontade do povo espanhol. Estas eleições espanholas foram eleições livres e nada a dizer sobre isso. Houve manipulação de parte a parte, medo, votos de emoção? É possível. O medo é um mau conselheiro, mas o medo tanto podia "aconselhar" o voto no PP, como no PSOE. Face ao terrorismo, não há medos bons nem maus".
Mas no meio de toda a prosa que já foi escrita sobre estes assuntos há algo que ainda não consegui entender. Porque é que alguém que objectivamente era, e ainda sou, contra a invasão do Iraque tem agora que se manter calado, ou então alinhar com aqueles que a defendiam, sob pena de dar "uma vitória" ao terror?
Não serão as convicções morais mais importantes que a mentira?
Falar em "derrotismo do Ocidente" é demagógico e perigoso, não se pode confundir democracia com seguidismo, isso sim é dar "razão" aos tais canalhas.

F.Marinho

segunda-feira, março 15, 2004

Is There Anybody Out There?

Olá a "todos" os que me estão a ler, "poucos" (ou talvez não) eu sei.
Os meninos do CENJOR já estão em iaulas, como tal não têm tempo de escrevinhar umas linhitas, coitadinhos….
Os meninos do Bilot's Bar continuam desaparecidos, muitos filmes, muitos filmes (tretas), escrever é que não sabem…..
Os meninos de Marketing é que estão continuamente ocupados, à procura de notas, à procura de aulas, à procura de acabar o curso, enfim, à procura.( porque não fazer um "diagnóstico de situação desta página" - se é que sabem o que isso é )
Mas, verdade seja dita, eu não acredito nos mirones, mas que os há, há. Basta ver o crescente deste Blogue…..
Escrever é que tá quieto, e não tem sido por falta de temas…. Nem à pergunta do velhinho Roger Waters responderam, snif..snif… (se calhar também não sabem quem é, cambada de imberbes).

Mas, parafraseando alguém conhecido, "a mim ninguém me cala". Tenho dito.

quarta-feira, março 10, 2004

Is There Anybody Out There?

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Is there anybody out there?
Is there anybody out there?
Is there anybody out there?
Is there anybody out there?

Roger Waters


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segunda-feira, março 08, 2004

Cenjor

Não!! Não sou uma "ELAS", no entanto gostaria de desejar BOA SORTE a todos os que hoje iniciam a acção no CENJOR.

..::carlos galveias::..

O DIA DELAS

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Hoje não escrevo nada. ELAS que escrevam

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quarta-feira, março 03, 2004

PARABENS JAIME

Pois é, o "menino" Jaime faz hoje 29 aninhos (quase nos entas, quase nos entas).

segunda-feira, março 01, 2004

HISTÓRIAS FERROVIÁRAS XIV

Quando me sentei nos bancos laterais, rapidamente me apercebi dos invulgares vizinhos fronteiriços.
Com a cabeça encimada por uma rala pálida carapinha e com uma tez de ébano, rodava incessantemente um longo "terço" de madeira em mãos grandes e calejadas enquanto, com as pálpebras cerradas, os seus lábios se moviam em rezas silenciosas ao ritmo simultâneo das contas de madeira.
De pé, a um canto da carruagem, uma talvez jovem senhora coberta por vestes longas que impediam o vislumbre de um qualquer pedaço de pele, viajava de tal forma imóvel que se confundia com a própria composição. À sua frente, com os olhos rasgados, um outro jovem murmurava, no seu asiaticismo, uma qualquer história pessoal ao seu parceiro de cadeira com a cabeça envolta num turbante colorido.
Repentinamente dei por mim a questionar as influencias divinas e o seu papel no nosso destino. E foi a pensar no controlo do destino, envolto nesta miscelânea cultural, que compreendi, no meu papel de muzungo, que a existir deus, naquele momento, ele era o maquinista.

Quando o comboio parou saímos todos no mesmo destino.

F.Marinho

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

CENJOR - Para os meninos de Jornalismo

Olá colegas,
Estive ontem na UnI e fiquei a saber que todos os alunos de Jornalismo devem dirigir-se à secretaria para escolherem os ateliers que querem fazer no Cenjor. O prazo é até segunda-feira (23/Fev/04). Eu já escolhi! Do que é que vocês estão à espera???

Bejinhos,
Carla Nabais

PS: Hoje sai a nota de Jornalismo e Poder.
Adios.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

ESTÁ AÍ ALGUÉM????

Pois é, pois, é….. anda um simples e imberbe estudante em época de exames e de exames e de exames e de exames e de exames, ufa…, e dos meus privilegiados amigos nem noticias, nem um post nem nada.

Pois cá estou de volta, ainda com a "cabecinha" (pensem o que quiserem mas foi como alguém apelidou), a andar à roda e, qual não é o meu espanto, o Blogue entrou, pelo menos aparentemente, de férias.
Bem, se alguém me estiver a ler, sempre vamos ao tal congresso, vamos não vamos?

Durante a próxima semana, mais ou menos após quarta, já me vou dedicar à "consulta" dos candidatos e, principalmente, das candidatas a tão solene viagem, eu e "ela" estamos confirmados.
Até lá pergunto:

- Está aí alguém?

F.Marinho

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Resumos de alguns livros que recebi por mail

Para quê perder tempo a ler milhares de páginas?!?!??!
1) Marcel Proust. À Ia recherche du temps perdu. Paris, Gallimard. 1922 (I.ere edition) - À procura do tempo perdido. Livros do Brasil Colecção Dois Mundos). 1965 Resumo: Um rapaz asmático sofre de insónias porque a mãe não lhe dá um beijinho de boas-noites. No dia seguinte (pág. 486. I vol.), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344. VI
vol.) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos. Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muito velhinhos e pronto.
2) Leão Tolstoi, Guerra e Paz, (1800 páginas) Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e por isso Napoleão invade Moscovo. A rapariga casa-se com outro. Fim.
3) Luís de Camôes, Os Lusíadas (várias edições), versão portuguesa de João de Barros) Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), têm o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas.
4) Gustave Flaubert, Madame Bovary, (378 páginas)Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do talho, o merceeiro, e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre.
5) William Shakespeare, Hamlet, Londres, Oxford Press Resumo: Um príncipe com insónias passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada que entretanto se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com urna caveira e morre, assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que se tinha suicidado.
6) Anónimo colectivo. Novo Testamento (4 versões) Resumo: Uma mulher com insónias dá à luz um filho cujo pai é uma
pomba. O filho cresce e abandona a carpintaria para formar uma seita de pescadores. Por causa de um bufo, é preso e morre.

Aquele abraço
Luís Z.

Oi (rapidinho)

O tempo urge.
Os exames e os exames e os exames e os exames e os exames, não dão tréguas e não dão tempo para mais.
Mas para a minha Sofia há sempre tempo.

Um grande beijo para ti SOFIA.


sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Alive and kicking...

Já que ninguém fala… tenho de confessar que gostei muito do jantar!! Correu muito bem… a companhia foi óptima… pena terem faltado algumas pessoas que teria sido muito giro tê-los presentes… sim! Tu, por exemplo!! Mas tudo bem… os presentes estiveram todos à altura… e a verdade é que vou ter saudades.

Por muitas “promessas” de amor… a verdade é que cada um de nós seguirá o seu caminho… uns irão manter um contacto mais próximo… outros nem por isso…

Tenho uma proposta a fazer!!

O dia 29 de Janeiro é o dia da UnI… para o ano será o nosso dia também… iremos receber o papel que nos permitirá ter uma santa vida – sem fazer algo – até ao resto dos nossos dias… sim, doutor é doutor…mas seria interessante manter o dia… estilo encontros do tipo “amigos de alex”… todos os anos, no memo dia, à mesma hora, no mesmo local… quem conseguir aparecer aparece… sem estar algo formalmente combinado… eu por mim prometo… para o ano que vem estarei na Portugália – pelas 21.30 – a jantar… bife com molho à Portugália e umas louras… imperiais… e no ano seguinte também…

Que tal?

Depois logo se verá quem aparece…

Já agora… como é a história para a Covilhã? Já há autocarros marcados? Quem é que vai afinal? O pessoal arranca na quinta feira? Vamos tratar da inscrição e reserva de alojamento??


Boas frequências…

..::carlos galveias::..

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Vida de Blog

Ó blog esquecido
Em que ninguém aposta
Lá vai tempo
Em que te escreviam
Um texto ou um post
Estás abandonado
Aqui nesta pasmaceira
Ninguém te escreve
Ninguém te publica
Foram todos jantar fora
Discoteca à mistura
Esqueceram-se de ti
Ninguém regressa
Ninguém volta


BLOG@UNI