terça-feira, dezembro 07, 2004

Quanto mais conheço os Americanos, mais gosto de...

Como é aquele ditado popular? Quanto mais conheço os americanos mais gosto de... não me consigo lembrar... mas que o nosso amigo Bush é o meu ídolo, isso já é uma verdade inequívoca... eis mais um exemplo...


No primeiro dia da conferência em Buenos Aires
Clima: Estados Unidos recusam debater o “pós-Quioto”
in Público 06-12-2004 - 18h35

Os Estados Unidos já recusaram qualquer discussão sobre o “pós-Quioto” no primeiro dia da conferência a decorrer em Buenos Aires, onde 189 países estão reunidos até 17 de Dezembro para debater as novas metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), depois do período de 2012.

”É muito cedo para falar”, disse o negociador norte-americano Harlan Watson, alto funcionário do Departamento de Estado, aos jornalistas europeus, antes mesmo do arranque das negociações das Nações Unidas sobre alterações climáticas.

Watson lembrou que a administração Bush rejeitou o protocolo de Quioto em Março de 2001 porque este era demasiado pesado do ponto de vista económico e porque não impunha reduções de GEE para os países em desenvolvimento.

Qualquer futuro tratado internacional deverá, para ser ratificado pelos Estados Unidos, “não causar prejuízos essenciais à economia americana e ser verdadeiramente mundial, ou seja, que implique todos os países”, insistiu, referindo-se, nomeadamente, à China e à Índia.

As energias fósseis, como o carvão, petróleo e gás – e cuja utilização é a principal fonte de emissões de GEE – “vão continuar a ser o pilar do sistema energético mundial, pelo menos durante uma boa parte do século XXI, mesmo se o seu preço aumentar”, estimou o responsável norte-americano.

Watson salientou que o seu país prefere apostar na “melhoria das tecnologias” fósseis e em “tecnologias do nuclear”. “Achamos que estas actividades (de investigação e desenvolvimento tecnológico) constituem a forma de regular o problema a longo prazo”.

O protocolo de Quioto, que vai entrar em vigor a 16 de Fevereiro – mais de sete anos depois da sua conclusão – impõe reduções das emissões de seis GEE até 2012, diferenciadas por país. Apenas os industrializados são abrangidos pelo protocolo; os em desenvolvimento estão apenas obrigados a fazer inventários.

A conferência de Buenos Aires é a 10ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para o Clima, de 1994. Os Estados Unidos, como parte da Convenção, participam na conferência.

Portugal estará representado pelo secretário de Estado do Ambiente, Jorge Moreira da Silva. A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza está presente com o estatuto de organização não governamental, entre 9 e 18 de Dezembro.

Greenpeace monta arca climática e pede medidas urgentes

A organização ecologista internacional Greenpeace montou hoje, no centro de Buenos Aires, uma réplica da Arca de Noé “para ilustrar a necessidade urgente de acção”, segundo um comunicado da organização.

“A arca da Greenpeace acolhe, simbolicamente, refugiados do clima. A sua mensagem é simples: sem acção contra o sobre-aquecimento global, o futuro surge negro para a maioria da população do planeta”, alerta a organização. Na Plaza Republica formaram-se filas para tentar entrar na arca do clima.

De acordo com a Greenpeace, as alterações climáticas vão trazer mais tempestades, inundações e vagas de calor que vão atingir primeiro os mais pobres e vulneráveis.

“Foram precisos dez anos para finalmente haver uma resposta global às alterações climáticas, o Protocolo de Quioto. O mundo não se pode dar ao luxo de esperar outros dez anos para tomar medidas concretas”.

A Greenpeace salientou que “a administração Bush é, actualmente, o inimigo número um do clima, dado que é o maior poluidor e o mais feroz opositor a qualquer acção”.

“Não há escolha. Os governos devem actuar agora para salvar o planeta de um futuro incerto e perigoso ou nem todas as arcas do mundo serão suficientes para salvar todos os refugiados do clima”.

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