(Não me consigo conter… tem muitos caracteres, sendo desadequado para este meio… mas não tenho emenda. Desculpem…)
A invocação do ainda Ministro das Finanças, Bagão Félix, ao sentido do dever patriótico dos trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos, inspirou-me.
A inspiração foi tão grande que me vi forçado a uma visita à farmácia do bairro.
Eram várias as pessoas que formavam uma fila, ansiosas por um bom depurativo, do género Alka-Selzer, ou mesmo uma droga com elevado teor de cloridrato de loperamida, um simples antidiarreico, tipo Imodium.
Endurecido com várias horas de fila nas grandes superfícies, não me foi difícil suportar mais uma hora de ordeira espera. Fiquei no entanto reconhecido por a televisão da farmácia não estar sintonizada na SIC Notícias, pois um simples comentário de Luís Delgado poderia desencadear uma crise colectiva e tornar os medicamentos inócuos.
A verdade é que eu não sei bem por quem nos tomam. Há coisas que me fazem lembrar o “antigamente”…
Lembram-se do Estado Novo?… foi graças à acção do Dr. Oliveira Salazar que este país entrou em franca recuperação… dizem… ainda alguém questiona os meios?
Reparem bem:
1 – O Escudo foi reabilitado e os orçamentos passaram a ser equilibrados…
2 – As obras públicas sofreram um grande desenvolvimento…
3 – Época das grandes barragens…
4 – A acção social possibilitou terminar a pobreza…
5 – O ensino foi fomentado…
6 – Celebração da Concordata com a Santa Sé…
7 – Grandiosa exposição do Mundo Português…
8 – Construção de grandes paquetes…
Estes são os pontos enaltecidos por Manuel Batista Dias da Fonseca, secretário particular de Salazar (1946-49), em “Uma vida ao serviço da Nação”, à governação no período do Estado Novo.
E o que se ouve e vê agora?
1 – Portugal cumpre défice…
2 – As obras públicas continuam de vento em popa… repare-se na Casa da Música no Porto…
3 – Continuam-se a construir barragens… ainda esta semana uma aqui na zona das Caldas, mas fala-se de outras… já nem o Alqueva está a salvo…
4 – A acção social está cada vez melhor… hoje já só temos ricos…
5 – O ensino tem sido sucessivamente uma paixão… muito fugaz…
6 – Concordatas? Evidentemente! Mas agora o Clero também paga IRS…
7 – O Mundo Português continua… agora com uns tons azuis e brancos… estou-me a referir ao Euro…
8 – Construção de grandes paquetes… submarinos, fragatas, estaleiros de Viana…
Existem aqui algumas semelhanças?
Para mim é uma honra cumprir o meu dever patriótico, apesar de não ser bancário… é importante… quem é que iria pagar os encartes que me explicam as maravilhas de ser actualmente português?
Termino com um discurso de O. Salazar, proferido no Palácio da Bolsa no Porto, em sete de Janeiro de 1949:
“Devo à Providência a graça de ser pobre: sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, ostentações.
E para ganhar, na modéstia em que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades.
Sou um homem independente.
Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido em que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa.
Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no Mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção.
Se lhes defendo tenazmente os seus interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não por ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem.
Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.”
É pena não apreenderem tudo… apenas pequenas partes… provavelmente as piores…
Já agora, alguém sabe quando é que os espanhóis chegam ao Terreiro do Paço? Já fiz esta pergunta, não fiz?
Endurecido com várias horas de fila nas grandes superfícies, não me foi difícil suportar mais uma hora de ordeira espera. Fiquei no entanto reconhecido por a televisão da farmácia não estar sintonizada na SIC Notícias, pois um simples comentário de Luís Delgado poderia desencadear uma crise colectiva e tornar os medicamentos inócuos.
A verdade é que eu não sei bem por quem nos tomam. Há coisas que me fazem lembrar o “antigamente”…
Lembram-se do Estado Novo?… foi graças à acção do Dr. Oliveira Salazar que este país entrou em franca recuperação… dizem… ainda alguém questiona os meios?
Reparem bem:
1 – O Escudo foi reabilitado e os orçamentos passaram a ser equilibrados…
2 – As obras públicas sofreram um grande desenvolvimento…
3 – Época das grandes barragens…
4 – A acção social possibilitou terminar a pobreza…
5 – O ensino foi fomentado…
6 – Celebração da Concordata com a Santa Sé…
7 – Grandiosa exposição do Mundo Português…
8 – Construção de grandes paquetes…
Estes são os pontos enaltecidos por Manuel Batista Dias da Fonseca, secretário particular de Salazar (1946-49), em “Uma vida ao serviço da Nação”, à governação no período do Estado Novo.
E o que se ouve e vê agora?
1 – Portugal cumpre défice…
2 – As obras públicas continuam de vento em popa… repare-se na Casa da Música no Porto…
3 – Continuam-se a construir barragens… ainda esta semana uma aqui na zona das Caldas, mas fala-se de outras… já nem o Alqueva está a salvo…
4 – A acção social está cada vez melhor… hoje já só temos ricos…
5 – O ensino tem sido sucessivamente uma paixão… muito fugaz…
6 – Concordatas? Evidentemente! Mas agora o Clero também paga IRS…
7 – O Mundo Português continua… agora com uns tons azuis e brancos… estou-me a referir ao Euro…
8 – Construção de grandes paquetes… submarinos, fragatas, estaleiros de Viana…
Existem aqui algumas semelhanças?
Para mim é uma honra cumprir o meu dever patriótico, apesar de não ser bancário… é importante… quem é que iria pagar os encartes que me explicam as maravilhas de ser actualmente português?
Termino com um discurso de O. Salazar, proferido no Palácio da Bolsa no Porto, em sete de Janeiro de 1949:
“Devo à Providência a graça de ser pobre: sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, ostentações.
E para ganhar, na modéstia em que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades.
Sou um homem independente.
Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido em que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa.
Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no Mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção.
Se lhes defendo tenazmente os seus interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não por ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem.
Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.”
É pena não apreenderem tudo… apenas pequenas partes… provavelmente as piores…
Já agora, alguém sabe quando é que os espanhóis chegam ao Terreiro do Paço? Já fiz esta pergunta, não fiz?
Para terminar, se alguém ainda estiver equipado com sentido de humor, mesmo que mórbido, não perca uma visita a este link: DIAS DE NATAL
Poi é... um feliz Natal e um ano novo cheio de eleições...
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