segunda-feira, dezembro 01, 2003

Semana dos DOORS



Não, ele não estará lá...



Doors 21st Century: a celebração das canções
Rita Rocha

««Trinta anos depois, os Doors estão de regresso aos palcos. Apenas com dois elementos da formação original, Ray Manzarek e Robbie Krieger, um vocalista emprestado, Ian Astbury (Cult), os Doors deste século decidiram lançar-se à estrada para recordar clássicos da sua carreira que têm vida há 40 anos e acompanharam três gerações. Os concertos em Portugal, o único país na Europa que tem direito a dose dupla, estão a menos de um mês, ocasião ideal para fazer uma antecipação daquilo que se poderá encontrar no Pavilhão Atlântico a 6 e 7 de Dezembro. Álvaro Costa, radialista do Porto, esteve em Atlanta viu e conversou com os Doors e trouxe as novidades.


O que esperar? O que se vai ver? Mas como vivem os Doors sem Jim Morrison? Estas são as questões que se ouvem quando se fala dos concertos dos Doors. Os Doors (21st Century) vivem e vivem bem. Como viviam na década de 70, mas sem Jim Morrison. Mais do que todos os outros elementos da banda, Jim Morrison foi quem imortalizou este grupo e com a sua morte, em 1971, os Doors pouco tempo se aguentaram. Por isso, a questão é legítima... o que será dos Doors sem o grande rei lagarto, Jim Morrison? Os Doors vivem de um teclado forte, de uma guitarra inesquecível e de um conjunto de poemas que, neste século, são interpretados por uma outra voz, a de Ian Astbury. E assim se mantém vivo o espírito de uma das mais importantes bandas da história da música.
«Gostaríamos todos que Jim Morrison cá estivesse», disse Álvaro Costa, que viu um dos concertos dos Doors nos Estados Unidos, mas admitiu que a memória de Morrison não sai envergonhada com este regresso a palco, nem tão pouco a banda se aproveita da imagem de Jim Morrison para fazer valer a sua presença em palco. «Aparecem apenas algumas imagens. Seria fácil para o grupo fazer, mas não vai acontecer», comentou Álvaro Costa.

A desconfiança das pessoas é natural. Mas Álvaro Costa trouxe consigo a mensagem que pode descansar os mais preocupados: «Há qualquer coisa nas canções que justifica o que se está a passar». Ray Manzarek e Robbie Krieger, sem John Densmore que não quis participar neste renascimento da banda, explicaram em entrevista que só avançaram com a decisão de formar os Doors 21st Century porque entenderam que era possível regressar a palcos ao vivo sem tornar o projecto num circo vergonhoso.

Portugal será um país privilegiado nesta visita dos Doors. Não só por ser o único na Europa que tem direito a dois concertos, mas também por ter deixado recordações muito positivas a Ian Astbury. Álvaro Costa confessou que durante a entrevista com os três elementos dos Doors 21st Century, Ian Astbury, que passou por Portugal com os Cult e é admirador devoto do Sporting, recordou com emoção a sua passagem por Portugal e demonstrou aos elementos dos Doors o grande entusiasmo no regresso ao nosso país.

«A escolha de Ian é muito acertada e se ele sentir o público muito quente, penso que vamos ter um concerto muito bom», disse Álvaro Costa. Os Doors deixaram que Ian Astbury tomasse conta da loja. As imagens apresentadas do concerto em Atlanta, Ian Astbury mostra uma poderosa presença em palco, um pouco aproximada àquilo que Jim Morrison fazia. «Aquilo que gosto nele é que tem muito em comum com o Jim, até algo de xamã, a mesma sensação de perigo, de risco, mas de um modo muito pessoal e diferente do Jim Morrison», disse Ray Manzarek em entrevista. Krieger confirma: «A princípio, o Ian estava bastante apreensivo, porque não queria que as pessoas pensassem que ele ia copiar o Jim Morrison. É ele que está em palco; não quisemos escolher um simples substituto do Jim, nem era isso que queríamos. O Ian propõe interpretações muito pessoais e suas da nossa música, mas de um modo que evoca o Jim».

«As pessoas vão desconfiar e vamos tirar a prova dos nove em Dezembro», disse Álvaro Costa. «Estes concertos são uma celebração das canções. Jim Morrison está mesmo morto», rematou o radialista.»»


Mas muito vivo nas sua letras...

The Celebration of the Lizard


Lions in the street roaming
Dogs in heat, rabid, foaming
A beast caged in the heart of a city
The body of his mother
Rotting in the summer ground.
He fled the town.

He went down South
And crossed the border
Left the chaos disorder
Back thereOver his shoulder.

One morning he awoke in a green hotel
W/a strange creature groaning beside him.
Sweat oozed from its shiny skin.

Is everybody in?
The ceremony is about to begin.

Wake up!
You can't remember where it was.
Had this dream stopped?
The snake was pale gold glazed & shrunken.
We were afraid to touch it.
The sheets were hot dead prisons.
And she was beside me, old,
She's, no; young.
Her dark red hair.
The white soft skin.
Now, run to the mirror in the bathroom,
Look!
She's coming in here.
I can't live thru each slow century
of her moving.
I let my cheek slide down
The cool smooth tile
Feel the good cold stinging blood.
The smooth hissing snakes
of rain...

Once I had a little game
I liked to crawl back in my brain
I think you know the game I mean
I mean the game called "Go Insane"

Now you should try this little game
Just close your eyes forget your name
forget the world, forget the people
and we'll erect a different steeple.

This little game is fun to do.
Just close your eyes, no way to lose
And I'm right here, I'm going too
Release control, we're breaking through


Way back deep into the brain
Way back past the realm of pain
Back where there's never any rain

And the rain falls gently on the town
And over the heads of all of us

And in the labyrinth of streams beneath
Quiet unearthly presence of
Nervous hill dwellers in the gentle hills around
Reptiles abounding
Fossils, caves, cool air heights

Each house repeats a mold
Windows rolled
A beast car locked in against morning
All now sleeping
Dust blind under the beds of lawful couples
Wound in sheets
And daughters, smug with semen
Eyes in their nipples

Wait! There's been a slaughter here

Don't stop to speak or look around
Your gloves and fan are on the ground
We're getting out of town
We're going on the run
And you're the one I want to come!

Not to touch the earth, not to see the sun
Nothing left to do but run, run, run
Let's run, let's run

House upon the hill, moon is lying still
Shadows of the trees witnessing the wild breeze
Come on, baby, run with me
Let's run

Run with me, run with me, run with me
Let's run

The mansion is warm at the top of the hill
Rich are the rooms and the comforts there
Red are the arms of luxuriant chairs
And you won't know a thing till you get inside

Dead president's corpse in the driver's car
The engine runs on glue and tar
Come on along, not going very far
To the east to meet the Czar

Run with me, run with me, run with me
Let's run

Some outlaws live by the side of a lake
The minister's daughter's in love with the snake
Who lives in a well by the side of the road
Wake up, girl! We're almost home

Sun, sun, sun
Burn, burn, burn
Moon, moon, moon
I will get you soon...soon...soon!

I am the Lizard King
I can do anything

We came down the rivers and highways
We came down from forests and falls
We came down from Carson and Springfield
We came down from Phoenix enthralled

And I can tell you the names of the kingdom
I can tell you the things that you know
Listening for a fistful of silence
Climbing valleys into the shade

For seven years I dwelt in the loose palace of exile

Playing strange games with the girls of the island
Now I have come again to the land of the fair
And the strong and the wise

Brothers and sisters of the pale forest
Children of night
Who among you will run with the hunt?

Now night arrives with her purple legion
Retire now to your tents and to your dreams
Tomorrow we enter the town of my birth
I want to be ready


JAMES DOUGLAS MORRISON

Site oficial AQUI

Uma muito boa semana para todos...

..::carlos galveias::..



Sem comentários: