terça-feira, agosto 31, 2004

Com receio
olhei
o teu corpo
trémulo
respirando as gotas do teu sabor
gastas
sem pensar

Com receio
senti
o teu peito
entumecido
respirar as gotas do meu suor
oferecidas
sem querer

Com receio
senti o teu colo
receptivo ao apetecer

Com receio
desejei (-te)
a inércia do tempo
numa manhã
que se queria eterna.

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