soltando placas graníticas,
O ar irrespirável
rugia trovões
faiscado
por lanças demoníacas
que destruíam as emoções.
As gaivotas correm em cardume
directas à tempestade,
Gotas de chuva sobem ao céu
construindo quadrículas na calçada.
Borboletas nadam em queixume
fugindo à realidade.
A paixão flutua inerte
no instante da tua chegada.
Sinto-me cinzento,
cinzento como o ar que me rodeia
e a luz que não me deixa ver.
Sinto-me triste,
triste como o mar sem a areia
e a lua que teima em se esconder.
Sinto-me perdido,
perdido numa teia
que a vida teimou em tecer.
F.Marinho
1 comentário:
Muito oportuno este lindo texto!
Custou-me tanto ver aquela lavagem de roupa suja na praça pública...
Um espectáculo execrável!
Haja saúde!
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