sábado, setembro 23, 2006

Sede de amor

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Com receio
Olhei
o teu corpo
trémulo
respirando as gotas do teu sabor

gastas
sem pensar

Com receio
senti
o teu peito
entumecido
respirar as gotas do meu suor

oferecidas
sem querer

Com receio
senti o teu colo
receptivo ao apetecer

Com receio
desejei (-te)

a inércia do tempo
numa manhã
que se queria eterna.

F.Marinho

1 comentário:

Anónimo disse...

uau...espectacular